Amarrados ao cais...

Estamos por aqui, a seco, amarrados a um cais, a um passadiço, a uma muralha que nos deixa amargurados, deprimidos, e sem vontade de nada.

Este terrível momento de pandemia COVID deixou-nos em terra, a olhar lá para fora, aguados, com os olhos cheios de peixes grandes que nadam livremente.




A todos aqueles que me têm contactado a saber da possibilidade de sair a pescar, o meu lamento. Enquanto durar o estado de emergência, enquanto não for permitido por lei ir pescar, não o poderemos fazer. O peixe, como habitualmente, está lá fora, crescendo, ganhando peso. Um dia voltaremos de novo a medir forças, e espera-se que seja já em Março, …o mais tardar em Abril.

Os cursos de pesca LRF, Light Rock Fishing, estão suspensos até levantamento das interdições. É tempo de ficar em casa e contribuir para que a situação pandémica se regularize.
É tempo de encher o peito de ar, de respirar fundo e aguentar firme. A paciência que temos quando o peixe não pica nas nossas linhas, essa paciência de santo que faz de nós pescadores, é agora mais necessária que nunca.
Os maus tempos vão passar, e em breve iremos voltar a fazer aquilo de que tanto gostamos. Coragem!


Sem os amigos pescadores ao largo, também as gaivotas se viram para dentro e procuram obter o seu sustento em terra.


A GO Fishing Portugal mantém a sua loja on-line activa e estamos a expedir productos diariamente, através da nossa transportadora, a DHL.

O endereço da loja é: http://store.gofishing.pt

Vale a pena passar a informação de que rever as linhas, o estado dos anzóis, preparar baixadas, passar um pouco de lubrificante nos carretos, é para fazer agora.
Este é o momento. Quando voltar a ser possível sair, o tempo é para….pescar!


As gaivotas não têm COVID mas têm um ar triste, carregado de nostalgia das ofertas de peixes que lhes fazemos.





Voltaremos a sair!



Vítor Ganchinho



3 Comentários

  1. Olá Vitor. Que sorte a sua de poder "cheirar o mar".
    é o que mais sinto falta, "cheirar o mar".
    Leio registos de que a baia oceânica da Figueira da Foz está novamente assoreada e desta vez, mais do que nunca, os mariscadores estão preocupados, não há mexilhão, nem percebe, ... bem, se não há marisco, lá se vão novamente os peixes para outras paragens ...
    A alteração das dimensões dos molhes, trouxeram melhor proteção à entrada da barra, mas alteraram muito a dinâmica do mar ... enquanto não estabilizar (meses, anos, décadas ?) acho que não vou ter muita sorte :)

    Abraço

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    Respostas
    1. Bom dia Paulo Fernandes Quem mora nessa zona, não tem o direito de se queixar muito....
      Bem pertinho tem zonas com cardumes de robalos que não cabem nas geleiras da maior dos portugueses que pescam. Só cortando ao meio! Basta-lhe fazer uns quilómetros para sul e já lá está. De terra, de kayak, de helicóptero, pode sempre lançar umas linhas nas pedras desses bichos. Eu bem me recordo das minhas saídas com o meu amigo Mário Lopes, com saída da Nazaré, para norte, e das resmas de robalos que nós fazíamos juntos. Desse lado, há muito mais robalo que aqui. E bastante acessíveis, falamos de pesqueiros a 3/ 4 / 5 metros de fundo, uma pedra cheia de mexilhão, polvos, cavaquinhos, e fanecas gigantescas, entre 600 e 700 gramas. Nunca mais voltei a ver peixes desses. Havia cardumes em tudo o que eram frestas escuras. E muito robalo grande, ....sobretudo isso. De sargos e pargos era pobre, havia um ou outro cardume, mas no geral ...fraco. Aqui nesse aspeto, estamos bem melhor. Mas os robalos, ....eram cardumes e cardumes....!

      Faça lá o favor de não se queixar!!

      Abraço
      Vitor

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    2. Caro Vitor, agradeço a atenção.

      Mas como eu gosto da Figueira da Foz, tenho direito à indignação :).
      Mas não se pesca de uma forma há que descobrir outra. Por isso quero perceber melhor o jigging.
      A questão é que o paradigma muda com grande frequência. Os ciclos de outrora de 5 a 7 anos, são agora quase anuais e mais dramáticos.

      Mas olhe que, de Coimbra à Nazaré ainda são 120Km.
      Ainda assim, farei umas incursões como sugere.

      Abraço. Paulo Fernandes

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