Penso ser consensual admitir isto: quando se pesca com jig, o primeiro contacto é o momento mais importante do lance.
Com a escassez generalizada de exemplares de tamanho razoável, conseguir ter uma picada de um peixe já é um êxito.
Depois de termos conseguido estar no local certo, na hora certa, e de termos conseguido com os nossos movimentos motivar um peixe a morder a nossa amostra, resulta inglório que esse toque não resulte. Um dos motivos mais correntes tem a ver com a qualidade dos anzóis. Existem muitos assistes feitos na China, cujo principal e por vezes único predicado é o seu preço baixo.
Ter aplicado no nosso jig um conjunto de dois anzóis com bicos rombos, ou que abrem ao menor contacto, ao menor esforço, não devia ser o sonho de ninguém. Todavia, vendem-se. Ainda assim, e contrariando tudo o que é senso comum, eis que os anzóis baratos são os que mais se vendem.
Vamos passar os olhos por este tema, de forma a que não fiquem dúvidas sobre a opção correcta.
Admitimos que para um pescador proprietário de um barco, ou que aluga um serviço de embarcação marítimo turística, MT, uma saída não é gratuita. Há sempre custos envolvidos, quer de uma quer de outra forma.
Podemos considerar que para além de custos com a embarcação, combustível, taxas, seguros, etc, a pessoa terá também custos com alimentação, com equipamento de pesca, canas, carretos, linhas, jigs, etc. E que, por ser um pescador responsável, tem a sua licença de pesca, pela qual também pagou algo. A pesca está muito longe de ser um desporto barato.
Existem no mercado marcas de qualidade inquestionável, com produtos altamente estudados por engenheiros qualificados, que colocam toda a sua experiência e saber no produto que projectam. E esses produtos têm normalmente um preço um pouco mais alto, mas também o seu desempenho tem um valor acrescido. São bons!
Ainda assim, quem se levanta da cama cedo para sair para o mar, tem a expectativa de, no mínimo, se divertir, conseguindo enganar uns quantos peixes. A diferença de custo entre material de muito boa qualidade e de má qualidade, na maior parte das vezes é na ordem de alguns cêntimos, ou um ou dois euros. É muito importante que o primeiro impacto do peixe com o anzol seja definitivo. Que fique mesmo cravado! É preferível que dê a pancada e não ferre de todo, que vá embora, porque ainda há uma esperança de voltar a atacar o jig. Ou bem que sim, ou bem que não, mas que fique decidido. O meio-termo apenas nos vai deixar na dúvida e se o peixe alguns metros mais acima acaba por escapar, vamos ficar a recriminar-nos da nossa opção por material de segunda linha. Porque aquele peixe que puxámos durante alguns metros não vai voltar a morder. O primeiro contacto é decisivo, é um tudo ou nada.
Na GO Fishing Portugal, em Almada, o pescador tem à sua disposição diversos modelos de assistes com linhas simétricas, assimétricas, e que em comum têm uma capacidade de cravar peixes acima do comum. Esta marca é conhecida no Japão pela sua qualidade: a ponta destes anzóis é de um afiamento incrível. E por isso, ao menor contacto, …espeta!
Se entendermos o anzol como o ponto de contacto entre o peixe e o pescador, aquilo que faz a diferença entre um peixe livre a nadar e o peixe que em boas possibilidades de vir a ser nosso, damos conta de que gastámos muitas centenas de euros em equipamento e queremos poupar exactamente nesse elemento chave: o anzol. Trata-se da peça que faz a diferença entre o conseguir ou não conseguir, entre o trazer o peixe ao barco ou a terra, ou adivinhá-lo a distanciar-se de nós. Podemos não ter um casaco de pesca tão confortável, ou um chapéu à moda, e continuamos a pescar. Mas utilizar um anzol de qualidade pobre, é um crime de lesa pátria que nos custa muitas vezes o seu custo, em peixes prematuramente desferrados, ou não ferrados.
Os anzóis SHOUT fazem conjunto com as estrelas da companhia, os jigs da Deep Liner, a marca que reina sobre todas as outras, que se impõe sem discussões. Qualidade irrepreensível.
Sobre anzóis e as propostas baratas da China, …vale a pena poupar alguns cêntimos e fazer a figura do …“peixe quase pescado”? Deixo à vossa consideração.
Vítor Ganchinho
Caro Vítor,
ResponderEliminarNeste post falou de algo que me intriga algum tempo a esta parte.
Qual a implicação (vantagens / desvantagens) de usar assistes com linhas simétricas e ou assimétricas?
Abraço,
A. Duarte
Boa pergunta....vou aproveitar para escrever algo sobre isto, mas não pode ser feito aqui, que é para respostas curtas. Já tomei nota e na primeira oportunidade vai sair algo sobre isso, com imagens, etc.
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