TEXTOS DE PESCA - Dar-lhe com força, bater até nos inválidos!

A Natureza não se compadece dos mais fracos. No mar, ter uma limitação física significa ter um problema grave que, quando não resolvido, normalmente acarreta para o infeliz peixe a morte. 
Ou por impossibilidade de objectivamente se alimentar, ou por não ter capacidade de fuga, ou ainda por não ser capaz de caçar outros peixes mais aptos. 
Já aqui vos trouxe imagens inclusive de aves marinhas enroladas em redes, as quais conseguimos libertar. Uma ave como um ganso patolas ou uma gaivota que não consegue voar é um pássaro morto. É nossa responsabilidade colectiva zelar para que o oceano fique livre de plásticos, cabos de nylon, e afins. Todos beneficiamos com isso. 

Por vezes a pesca traz-nos situações que são completamente inesperadas. Pelo bizarro, pelo inesperado. 
A pesca de jigging por exemplo, tem características muito especiais, e é dada a fenómenos estranhos. Se na pesca vertical se utiliza uma isca orgânica que normalmente é mais pequena que o peixe capturado, no jigging profundo isso por vezes não acontece. 
Desde logo porque sendo necessário ir muito fundo, os pesos a lançar são normalmente grandes. Não é raro que se pesque com 500 gramas, ou mais. A marca Deep Liner fabrica jigs até às 1500 gramas…e fabrica canas de carbono que se aguentam com jigs dessa envergadura! Poderão dizer-me “ então onde é que se utiliza um jig enorme desses?”. Resposta fácil: onde os peixes se aguentam com um jig de 1,5 kgs sem pestanejar…..as garoupas de 300 kgs de Madagáscar até acham que são pequeninos…

Que se pescam coisas estranhas com os jigs nas nossas águas, e acontecem insólitos, isso todos sabemos. Há inclusive peixes que seriam menos suspeitos de atacar os jigs, …e atacam!
Aqui vos passo algumas delas, sendo que este é um capitulo aberto, porque estão sempre a surgir mais e mais casos. Hoje passo casos estranhos passados com amigos meus, amanhã volto com os meus “casos”.

O meu amigo Luis teve este desarincanço de fazer três cantaris no mesmo lance, a pescar muito fundo! Grande malha!


Este é um caso francamente estranho: um cantaril sem cauda, inválido, que se lançou a um jig muito pesado, a uma profundidade significativa, cerca de 500 metros. Como pode ter este peixe crescido nestas condições, apenas com um coto de cauda que seguramente não lhe poderia dar muita impulsão? Segundo o Luís, tratou-se de uma picada normal, com o impacto normal, sem nada que adivinhasse tratar-se de um peixe com handicap. Como é possível?!


O meu amigo Antonio Pradillo, a pescar comigo nas nossas águas. Para ele, aquilo que temos de balistes Carolinensis, vulgo pampos, é algo de fantástico. Eles em Valência, Mediterrâneo, só muito raramente têm um ou outro. Peixe feito com jig Savage de 7 gramas. 


Gustavo Garcia a malhar num lirio, seriola rivoliana, com um jig Savage de 5 gramas. 


O meu amigo Fuminobu Nakayhama a pescar comigo nos Açores, com um carapau feito com jig. Fomos pescar numa baixa perto da Ilha de Sta Maria, saindo da Marina de Ponta Delgada, S. Miguel. Havia chicharro e peixe espada com fartura, tivemos de fugir dali…


Cliente GO Fishing feliz: este chinês de Hong Kong, com traços familiares mongóis, pessoa de muitas misturas, veio a Portugal para pescar com jigs, e calhou-lhe esta bonita lula.


O meu inseparável Garcia, a recolher um peixe estranho de fazer com um cabeçote de chumbo e um vinil Savage. Na circunstância um ruivo, capturado dentro do rio Sado, em águas baixas, não mais de 3 metros de profundidade. 


Quando as lulas andam loucas à procura de comida, podem acontecer ataques a jigs, mesmo a meio do dia, com o sol alto. Cliente italiano GO Fishing, feliz da vida. 


E para aqueles que acham que os sargos apenas mariscam, aí está a prova de que também atacam pequenos peixes. Mais uma vez o incrivelmente bom jig de 5 gramas, a fazer das suas. 


E este penitente? O Garcia lançou sobre uma mancha de peixe que aparecia na sonda a 45 metros, bem agarrado ao fundo, e sai-lhe isto. Não deixa de ser um peixinho destemido, para atacar um jig sem ter medo. 


Caso tenha alguns destes casos, com fotos com um mínimo de qualidade, envie para o e-mail da GO Fishing Portugal. 



Vítor Ganchinho



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