Pescar fundo com carretos eléctricos

Não se trata de equipamento muito utilizado entre nós. Definitivamente, tudo o que exceda o carreto barato, a cana barata e a tradicional chumbada e dois anzóis por cima, é estranho, não vale a pena e não funciona. E no entanto, há mais mundo para além do material corrente. Falamos hoje de carretos eléctricos e dos acessórios que lhes estão associados. 

Aqui mostro um carreto que é uma bomba: Daiwa Marine Power 3000 12v, uma máquina que leva 1200 mts de linha de 130 lbs, para pescar a 600, 700 mts de fundo. Para pesca desportiva, nunca vi nada parecido. Acima disto, só mesmo os aladores dos profissionais. Com este carreto já pesquei chernes, peixe espada, gorazes, cantaril, etc. É um sistema fixo, (o carreto pesa 5,5 kgs!), e está preparado para levantar peixes bem acima dos 50 kgs. A cana é uma Daiwa Tanacom Deep 210, com….900 gramas de acção na base e ponteira muito sensível.



Este modelo da Daiwa é também utilizado pelos pescadores profissionais japoneses para o seu trabalho diário de pesca em profundidade. Nos Açores, os locais pescam com um carretel de madeira, com linha de arame zincado. Porque o esforço feito é enorme, procuram pescar nas cristas dos montes submarinos. Com esta máquina, pode começar-se a pescar de onde os nossos homens açorianos pescam, …para baixo, ou seja, a bater zonas não pescadas. Já o utilizei até 700 metros, no Mar da Prata. 

O carreto eléctrico existe para possibilitar pescas que, de outra forma, nos seriam interditas. Pescar a 300 / 400 mts de fundo, ou muito mais, não é possível à mão. A não ser que a pessoa que pesca entenda como aceitável o martírio de levantar uma chumbada que pode ultrapassar facilmente 1 kg de peso. Pesquei na Ponta dos Mosteiros, em S. Miguel, ao cherne, com 2 kgs de chumbo e era pouco, a corrente forte levantava o peso do fundo. Quando queremos chegar a cotas que raramente são pescadas, há que assumir a compra de uma máquina destas, e ponto final. A cana para carreto eléctrico tem as suas particularidades e obviamente não serve a mesma que se utiliza para pescar ao pica-pica….o que constitui desde logo um problema, porque a maior parte das pessoas acha que uma cana apenas …deve fazer tudo. Repito: tudo!
Tratamos aqui, para esta função, de uma cana robusta que vai ter de suportar a pressão do chumbo, da baixada, do peixe que se debate, da corrente que empurra a linha, e isso é feito com material próprio para o efeito. Até hoje, o melhor que encontrei foi producto da marca Alpha Tackle, japonês, que fabrica como ninguém canas sólidas mas elásticas, com uma enorme resistência ao esforço, e preparadas com o número certo de passadores para guiar e acompanhar a linha trançada sem que esta sofra desgaste. Explico este ponto mais abaixo, em detalhe, no parágrafo dedicado a linhas. Se desenharmos a cana óptima para carreto eléctrico, não andaremos muito longe disto: Tem de ter um blank sólido, que aguente pressão, quer da baixada com o chumbo quer dos esforços do peixe para se libertar. Queremo-la sensível na ponteira, porque queremos ver os discretos toques dos peixes. E queremos uma cana algo parabólica, flexível, para acompanhar a batida do peixe, já que no caso de ser muito rígida vai certamente dar-nos muitos desgostos. O peixe debate-se muito desde o fundo à superfície, temos muito tempo de luta e muito esticão, logo o buraco feito pelo anzol vai sempre alargando mais e mais. Na maior parte dos casos, o peixe solta já muito perto do barco. Como é inglório que isso aconteça já com o trabalho todo feito. É muito esforço e tempo perdido para nada e isso acontece devido à utilização de canas demasiado duras. As marcas que fabricam varas para este fim tão específico constroem-nas de trás para a frente, partindo de uma base muito rija, toda a zona do porta-carretos é muito consistente, frequentemente em aço inox. O blank é sólido onde tem mesmo de o ser e à medida que nos aproximamos da ponteira, a cana vai ficando mais macia, com uma ponteira fina, que nos diz tudo. 




Passo-vos um exemplo de como se constrói uma cana para carreto eléctrico, com diferentes acções e capacidades de carga. O elemento comum é a curta distância entre passadores, e a enorme robustez da vara. Os construtores aplicam uma quantidade de passadores acrescida, os quais dão um melhor suporte à linha.



Não esqueçam que tratamos aqui de uma pesca em que a cana não está na nossa mão, e nem sequer se chega a ferrar levantando a cana, …apenas se recolhe rapidamente, à velocidade máxima do carreto, e é o peixe que tem a isca/anzol na boca que acaba por se ferrar por si próprio. Chegam cá acima muito bem cravados, mas isso tem a ver com a forma violenta como se debatem durante todo o percurso, que pode demorar um ou dois minutos, consoante a velocidade do carreto e …o peso do peixe. O anzol espeta pela força exercida na recolha. Um pau de vassoura rígido, sem sensibilidade, não nos diz qual o melhor momento de levantar o sistema, não nos ajuda a entender qual o melhor momento de carregar no botão e iniciar a subida. Sobre o porta carretos, esqueçam os plásticos, aqui entramos nitidamente no dominio dos metais, do aço inox, não há espaço para produtos baratos. Desde logo porque o carreto irá exercer uma pressão enorme sobre o conjunto, e ao fim de uns dias, temos o equipamento todo estragado. Para porta-canas, para passadores, é exigir sempre o melhor e fica resolvido. Vejam abaixo exemplos de porta- carretos aplicados em canas Alpha Tackle.



Sobre linhas: imaginem uma cana com poucos passadores. A linha passar, …passa sempre, mas vai ter um contacto com o apoio do passador que a vai roçar, que vai levantar e desalinhar as fibras que a compõem. Isso significa a médio ou longo prazo uma linha trançada fragilizada, mais quebradiça, que na primeira oportunidade de peixe grande nos vai deixar agarrados. A linha indicada para carretos eléctricos não difere muito da que utilizamos para jigging. A explicação é simples: a cobertura de silicone que a torna mais rígida vai funcionar como camada protectora das fibras. Permite-lhe deslizar melhor sobre os passadores. Esta camada de protecção ajuda a prevenir quebras, e todos sabemos da fragilidade dos trançados a esforços sobre a sua secção transversal. São muito resistentes à rotura, mas no sentido longitudinal, no sentido de orientação das fibras, o comprimento. Quando falamos de resistir a esforços abrasivos sobre a secção transversal, o nylon é francamente melhor. E o fluorocarbono ainda melhor. Mas estas são linhas elásticas, e não precisamos disso quando o objectivo é sentir um peixe que está 400 metros abaixo de nós. Queremos uma linha não elástica, que marque em cima aquilo que se está a passar em baixo, no fundo que encurte o nosso tempo de reacção. Nada pior que pescar com um “elástico”, uma linha de nylon que nos faça saber que andou algo lá em baixo quando …já lá não está nada. 



É muito importante que todo o sistema esteja pensado para ser prático. Tratamos de esforços muito prolongados, de pesos consideráveis, e que não nos poupam o corpinho. Logo, ter um bom suporte para colocar a cana é imprescindível. Na circunstância, na GO Fishing temos este modelo que vêm acima, com um diâmetro de tubo inox que encaixa na perfeição no porta canas do barco. 
Um detalhe importante: a horizontalidade e fixação do carreto é conseguida através da soldadura de um pino, ou uma cruzeta, que encaixa na base da cana e a mantém sempre na mesma posição. 

E chegamos à peça que muda tudo, que faz a diferença entre pescar ou não pescar: o carreto eléctrico. 
A tendência é cada vez mais a de produzir equipamento mais pequeno, mais ligeiro e ao mesmo tempo mais eficaz. Porque tratamos de carretos que obrigam a manutenção cuidada, nomeadamente a lubrificação do sem fim e da corrediça que faz de guia fios, aconselhamos a que, no fim de cada pescaria, não esqueçam esse detalhe. Dessa forma, prolongam por muitos e bons anos a duração do equipamento. Tenho carretos destes a trabalhar há mais de cinco anos, sem uma visita à fábrica para revisão. Mas limpo-os e cuido deles. 
Pensem apenas nisto: levantar peixe e chumbo de 400 metros, ou seja, quatro estádios de futebol alinhados, desde o fundo à superfície, não pode ser feito sem esforço. Os materiais estão preparados para aguentar, e aguentam. Mas façam a vossa parte, não os deixem abandonados, a trabalhar em seco, sem lubrificação. 
Os japoneses utilizam modelos muito pequenos e leves, para pescar até aos 60 metros, têm modelos intermédios para cobrir profundidades de 80 até 200 metros e a partir daí passam aos modelos mais pesados, com maior capacidade de linha e superior diâmetro. 



Carreto Leobritz 200 J, da Daiwa. Uma pluma, com 460 gramas de peso. Vejam como pesca: 



Trata-se de um carreto muito ligeiro, que nos permite fazer 45 metros de recuperação em cerca de 15 segundos. Uma flecha! Em poucos segundos temos a pesca à superfície. Com peixes grandes podemos trabalhar o peixe devagar, com a calma devida. Inclusivé enrolar à mão, utilizando a manivela, para peixes muito grandes. 
Aqui, a alimentação é feita a partir de uma bateria recarregável de lítium, que em condições normais dura o suficiente para uma pescaria. Normalmente levo duas baterias carregadas, como precaução. 

Para pescar em zonas entre os 80 e os 200 metros, utilizo este modelo: Seaborg 300 MJ. 


Existem versões com manivela à direita ou à esquerda. Na verdade, não é nunca um problema, já que a linha é recuperada até três metros da ponteira, o que nos obriga a dar apenas três ou quatro maniveladas. 
Reparem que a operação de iniciar a subida é feita pelo polegar, empurrando a roda central. É um sistema muito prático, que permite aumentar ou diminuir a velocidade de subida. Este modelo tem uma particularidade, a de permitir que o pescador opte por velocidade máxima de recuperação, ou por recuperação em força. Isso faz-se pressionado apenas uma patilha com o polegar e é bastante útil para enfrentarmos os tais… grandes. 

Vejam como pesca: 

Pargo pescado a 170 metros de fundo. Aqui, o modelo de carreto anterior já não seria o mais indicado, já que estas profundidades obrigam à utilização de chumbadas mais pesadas, na ordem das 250 gramas, e isso iria castigar demasiado o equipamento.


Estes carretos possuem embraiagem, a qual deve ser regulada em função da resistência da linha. Isso é feito em casa, com a devida atenção. 
Quando saímos a pescar, … apenas pescamos, o planeamento é feito antes. Mas a operação de ajustar a recuperação de linha é muito fácil e rápida. Com exemplares de maior tamanho, por vezes é conveniente dar-lhes mais tempo, deixá-los bater. O carreto faz isso automaticamente, continua a recuperar linha e quando o esforço é demasiado grande, patina e mantém a mesma posição. 
Caso o peixe puxe com força a valer, leva linha. Assim que deixa de exercer essa pressão, o carreto recomeça a enrolar linha novamente, até à superfície. 

Modelo Daiwa Seaborg 500 MJ, um carreto topo de gama, que permite pescar com muita qualidade. Isto é mesmo muito bom...


A alimentação dos carretos é também muito importante. Sempre que possível, utilizo baterias portáteis, que podem ser acopladas aos carretos. Roscam onde iria entrar a ficha macho que se encontra na ponta do cabo de alimentação. 
Tornam-se muito práticas, porque nos permitem deslocações no barco, e ganhamos de facto em autonomia, em conforto, em ligeireza do sistema. Mas as baterias são caras, porque não podem ser transportadas via aérea junto com a restante carga, obrigam a um transporte especial. 
Estes carretos são fornecidos de fábrica com cabo de ligação, que traz duas pinças para os bornes das baterias. Uma solução possível é a compra de uma bateria seca a 12v, recarregável, de pequeno tamanho, que nos garante 8 horas de pesca. Existem no mercado inúmeras marcas que as fornecem por preços muito baixos.
Nos barcos GO Fishing estão instaladas nos postos de pesca pequenas tomadas estanques às quais o pescador liga um cabo que alimenta os seus carretos eléctricos. 
As baterias de 12v instaladas a bordo são exclusivas para este fim, não interferindo na restante manobra do barco, nomeadamente ignição de motores, aparelhos de navegação, frigorifico, etc. Nada pior que esgotar a bateria do barco e no fim da pescaria, ….ficar lá. 
Todos estes equipamentos se encontram à venda na loja GO Fishing Portugal, em Almada. O que não se vende é apenas a isca, que na circunstância é sardinha, cavala ou lula às tiras. O peixe de fundo não é muito “belicoso” a comer. O que encontra, …come. 



De quando em quando, um bonito cherne, para alegrar a esposa. Sem carretos eléctricos estes peixes não seriam possíveis.



Vítor Ganchinho




8 Comentários

  1. Artigo muito interessante e útil. Só discordo da ultima frase "Sem carretos eléctricos estes peixes não seriam possíveis". Estou convencido, e o Pedro Antão já o provou, que é possível apanhar peixes desses com carretos manuais em Slow Pitch Jerk. Agora o esforço que é necessário fazer para puxar um exemplar desses à força de braços ou com carreto elétrico é completamente diferente, tem que se gostar do que se faz...
    José Rodrigues (a.k.a. ZeRo)

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    1. Bom dia professor!

      Tratar assuntos consigo é sempre um desafio interessantíssimo para mim. Ou não fosse o José Rodrigues das pessoas que mais sabe de pesca no nosso país.

      Quando refiro que estes peixes que habitam as profundidades de 400 a 600 metros não são possíveis a quem pesca à mão, quero exatamente dizer que, para quem pesca com isca orgânica, e por isso utiliza chumbadas que na melhor das hipóteses têm 1 kg, e na pior, ...2 kgs, não é de todo confortável enrolar linha a fazer tal esforço. Mais vale ir para um ginásio levantar halteres. A prova disso é que os pescadores profissionais açorianos pescam à mão com carretel de arame... procuram avidamente os picos das pedras, onde podem pescar mais baixo. Eles sabem que há peixes grandes mais fundo, mas como têm de enrolar arame à força de braços, vão para as cristas das pedras, e pescam aos 200/ 250 metros como máximo. A partir daí, só mesmo com aladores mecânicos dos barcos. O seja, a pesca com aparelho, que não é aquilo que estamos a tratar aqui neste artigo, que versa a pesca lúdica.
      Sei que o Pedro Antão está a fazer peixes aos 600 metros com jigs pesados. Mas utiliza equipamento especifico para esse fim, e acredito que não faz 8 horas de pesca seguidas a lançar e puxar. Porque para isso teria de ter músculos de Rambo, e ele não tem. A técnica ajuda, mas no fim, o esforço de subir um jig de 800 gramas está lá.
      Repito: para que se possa ir pescar a estas profundidades é bom contar com um bom carreto elétrico, que nos faça o trabalho de levantar a pesca. Sobretudo quando não traz peixe....porque de quando em quando as miudezas, os gorazes pequenos, ratam e levam a isca e a partir daí é um martírio, pela inutilidade do esforço. Mas faz parte...
      Deixe-me dizer-lhe que tive, nos Açores, na Baixa de Sta Maria, duas picadas no mesmo dia, em que não consegui levantar o peixe do fundo. Foram cerca de dez minutos de luta que me pareceram horas, e o peixe não subia por nada. Acabou por romper um nylon de 1,10 mm que era o que tinha no estralho. Por ali andam peixes na casa dos 100 kgs....e um desses no jig do Pedro Antão seria o suficiente para ele ter de fazer um mês seguido de "horas extraordinárias"...a puxar e dar linha. Provavelmente para lhe acontecer o mesmo que me aconteceu a mim, aguentar o bichinho uns minutos, até ele passar por uma ponta de pedra e cortar.
      Em fundos lisos, eles saem sempre, ou quase sempre, mas em fundos agressivos, ...as pedras ajudam-nos muito.

      Um grande abraço!
      Vitor


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  2. Muito bom, obrigado pelo post.

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  3. Boa Noite! Artigo muito interessante!
    E linhas? Continuaria a fazer sentido usar linhas finas essencialmente pela deriva... Penso que tenho um multi 0,50 de 100 lbs... faria sentido usarmos PE4.0 ou próximo... ou não é viável ou não é pensável pela falta de resistência para essas profundidades?
    E o modo de Jigging automático faz sentido?

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    1. Boa tarde Ribeiro! A questão das linhas é bastante pertinente. Na minha opinião, temos de considerar se estamos a pescar com jigs, ou com isca orgânica. Quando tratamos de uma técnica como o jigging profundo, é impensável utilizar linhas zero grosso, porque já dependemos de tantos fatores, corrente, ondulação, e sobretudo o vento, que adicionar a isso mais um fator de perturbação, quase que inviabiliza o acto de pesca. No Jigging, não estamos fundeados, porque não faria sentido. E pescar a 500/ 600/ 700 mts de fundo é já de si uma odisseia, porque implica esforço físico, escolher muito bem as horas da maré, e jogar com tudo o que se possa, a nosso favor. E temos a deriva, que nos mata. Precisamos mesmo que o jig desça rápido! As linhas de 100 lb, não permitem isso. Vâo fazer o jig planar, e pode nem chegar ao fundo. Mesmo com os jigs de 500/ 600 gr que temos em stock em Almada, pode nem chegar ao fundo. Digamos que será avisado utilizar a linha PE mais fina, ...antes de partir. Convém ter uma ideia concreta das condições do local, e do tipo de peixe. Provavelmente terá que arriscar um pouco, e poder ser "enganado" à primeira, mas a seguir já vai com conhecimento de causa. Frequentemente eu levo mais do que um equipamento, e pesco em função daquilo que vai saindo. Já me aconteceu muitas vezes passar ao conjunto mais ligeiro, por não haver necessidade de pescar demasiado pesado. Mas eu nunca tive um cherne de 100 kgs na linha...acho eu.
      Tive dois peixes muito grandes, no mesmo dia, no Mar da Prata, S- Miguel, e que ao fim de 10 minutos de luta me partiram o terminal de nylon de 1mm, o que nem é muito nesta pesca profunda. Para jigging cá no continente, partindo do principio que há gorazes, cantaril e algum cherne pequeno, o seu PE4 até sobra bem. Para pesca fundeada, não hesite: dê-lhe "corda grossa", porque por vezes, sobretudo nas ilhas aparecem matulões impressionantes.
      O Jigging em automático para mim faz pouco sentido, ....retira-nos o prazer de sermos nós a decidir, a inventar o nosso ritmo. Os carretos elétricos modernos quase todos fazem isso, mas perde-se algo.
      A GO Fishing recebeu há dias um lote de canas de qualidade de construção absolutamente espantosa, da Alpha Tackle, uma marca que apostou forte na conceção de canas para os elétricos. Passe pela loja e veja com os seus olhos.
      Abraço
      Vitor

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    2. Boa Noite! Já vi as Canas da alfa Tackle na Loja! São de facto espantosas.. algo a ponderar se começar a fazer mais pesca de profundidade!
      O meu problema com esta pesca de profundidade é ter só feito uma vez, sem qualquer sucesso! O barco é classe 4 e não tenho falta de material... mas é uma pesca que se vai adiando em detrimento de outras pescas simples e mais perto.
      Faz de facto sentido ter linhas diferentes dependendo do local e condições o que de resto se aplica também as outras pescas! Por isso não temos só uma cana nem uma bobine!
      Numa tenho pe5 na outra penso que é um 0,50... mas provavelmente se for viável o jigging terei de baixar o PE.
      Abraço,
      MR

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  4. Com os meus cumprimentos, questiono se pode recomendar algum conjunto de Ficha (Macho e Fêmea) para instalação no barco e na cablagem dos carretos. Muito obrigado.
    Jorge Nobre

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    1. Bom dia Jorge Nobre O sistema que utilizo dispensa a utilização de cabo. Aquilo que faço é a aplicação simples de uma bateria de NQ, ou Lítio, ( ainda tenho 2 das da Daiwa, originais, que eram caríssimas, na ordem dos 300 euros/ cada), que me dá, em condições de pesca normais, para umas 6 horas. A variação de autonomia depende apenas da profundidade. Quando pesco mais fundo, utilizo mais chumbo, e isso significa mais tempo e pressão de recuperação, o que obriga a bateria a trabalhar mais. Isso limita o tempo de utilização.
      Aquilo que fiz foi adquirir um conjunto de baterias ( em Níquel / Cadmio são infinitamente mais baratas, cerca de 40 euros, e funcionam bem) e assim sendo, utilizo uma ou duas por jornada de pesca. Deixo sempre em casa umas quantas a carregar., vou rodando umas 8, no total. Mas podia ter menos, na verdade nunca são necessárias tantas. Basta que o Jorge compre umas 3 e já faz tudo, desde que o seu equipamento seja Daiwa.

      Fala-me de fichas macho e femea, ....pois isso é algo que depende da marca do seu equipamento. Eu pesco com Daiwa, e por isso tenho a possibilidade de aplicar as baterias directamente, já que foram concebidas para encaixar na perfeição nos carretos eléctricos da marca.
      Outras marcas, ....não tenho ideia, porque não as utilizo. Depende das marcas....

      Bom mesmo é acabar com os cabos. Isso dá uma liberdade de movimentos significativa.
      O cabo obriga-o a ficar num só local, limita-o. Não sabendo o que tem em termos de equipamento, tudo o que lhe possa dizer é inventar, e isso eu não faço.

      Mude para Daiwa e tem uma infinidade de possibilidades.


      Cumprimentos
      Vitor

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