Às lulas ...com jigs

Quando pescamos com toneiras, o mais comum é conseguirmos chocos, lulas, ou …polvos.
Mas daí não saímos, é quase impossível conseguir fazer algo mais que isso. As agulhas não permitem qualquer outro tipo de capturas.
Em contrapartida, quando utilizamos jigs, muita coisa pode acontecer. A começar por tudo aquilo que normalmente se lança sobre os jigs, pargos, robalos, sargos, douradas, choupas, atuns sarrajões, sardas, cavalas, carapaus, etc.
A lista é extensa, porque quase tudo ataca os jigs. E também as lulas gostam de lhes dar uma ferradela!

Aquilo que vos trago hoje é a prova de que vale a pena considerar a sua pesca com este tipo de amostra, porque a polivalência é um dado adquirido.
Pescar lulas com jigs não é nada de extraordinário, diria mesmo que é comum. Se não acontece mais vezes a quem lê, é porque muito provavelmente não pesca muito com jigs.



As lulas são particularmente agressivas com jigs trabalhados de forma irregular, com um esticão brusco seguido de uma queda lenta.
No fundo, aquilo que fazemos com o “long pitch” que tanto desorienta os pargos. Esta caiu quando eu utilizava um pequeno jig de 5 gramas, armado com um triplo.


Um amigo que veio de muito longe, para pescar com a GO Fishing e conseguiu uma lula com jig.


Mais uma, capturada num dia particularmente frio. Estava gelado! Mas as lulas não querem saber disso e atacam sempre com ânimo o mesmo modelo de amostra: um pequeno jig armado com triplo.


Este rapaz veio do outro lado do mundo, Hong-Kong, para pescar connosco. Fez uma lula muito bonita ao largo da Comporta.


E o malandro do Raúl Gil, meu amigo de longa data, com uma lula perfeita para a sua paella. Com jig, claro.


É muito mais comum do que pensam, ter picadas de lulas nos nossos jigs. Sente-se uma pancada forte, algo como se fosse mais um pargo, mas a seguir os tirões na linha são diferentes, mais espaçados. A lula faz pressão mas não deixa de subir. Quando chega perto do barco, aumenta as suas tentativas de se escapar, mas se tivermos um saco de rede de mão, o dito xalavar, as coisas correm bem.
Não se conseguem ferrar todas, digamos que conseguir pôr a seco 70% dos toques já pode ser considerado bom, mas se tivermos vinte picadas, ….são 14 lulas.

Experimentem, a água está a ficar na temperatura ideal, o tempo delas está a chegar.



Vítor Ganchinho



2 Comentários

  1. Só nos falta poder Pescar Vítor.

    Um abraço e continue a inspirar-nos.

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    Respostas
    1. Boa tarde Bruno Esta altura do ano é francamente boa.
      Para quem gosta de sargos, eles estão aí em força, as frestas estão cheias de peixes acima de 1 kg, 1.5 kgs,....até aos 2 kgs. É a melhor altura do ano para os vermos. Tenho sítios onde agora ...não cabem mais, as frestas enchem até deitar por fora.
      Os robalos já desovaram, e agora estão mais magrinhos, meio escanzelados, mas não deixam de ser robalos.
      Estou a aproveitar o tempo para escrever. Procuro mostrar um pouco daquilo que anda lá por baixo. Há rapaziada que só lê se for sobre robalos, mas o mar é muito mais que isso....

      O Covid vai passar, e daqui a umas semanas vamos estar de novo com os nossos peixinhos.

      Imagino que estejam cheios de saudades nossas...


      Abraço!
      Vitor

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