Pescar com equipamentos ligeiros não é para todos. Implica desde logo acreditar que é possível pescar com canas, carretos, linhas e jigs ou vinis de tamanho minúsculo.
A chave de tudo será isso, o acreditar. A partir daí, do momento em que vence essa barreira psicológica, tudo passa a ser possível.
A seguir, há que ter condições para pescar dessa forma. Não adianta sair numa traineira em que vinte pescadores estão a lançar furiosamente chumbadas de 150 gr para o fundo, com o barco fundeado. Pescar com equipamentos LRF, Light Rock Fishing, implica poder pescar com a discrição necessária, e é necessariamente uma pesca para bater pedras, solto, com o barco à deriva.
E aí, os toques acontecem, e são muito mais frequentes que aquilo que se pensa. Num dia bom, podemos ter acima de vinte picadas, e admitindo que nem todas ficam, ainda assim temos margem para nos divertirmos que nem uns perdidos. Pescar é algo muito interessante, e mais ainda quando feito desta maneira, com equipamentos ligeiros.
Tenho amigos que nem encaram a possibilidade de o fazer de outra forma.
Passo-vos alguns exemplos de gente que se diverte à grande a pescar com materiais que muitos de vós nem considerariam ousar experimentar. E no entanto funcionam.
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| Reparem no tamanho do jig com que o meu amigo Pradillo pescou este pargo….é muito frequente em LRF utilizar de 5 a 20 gramas. E os peixes grandes mordem! |
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| Pescar com jigs e vinis é uma fonte de novas descobertas, emoções fortes, e sempre com resultados mais que satisfatórios. O Raúl não faz outra coisa. |
Reparem nas canas ao lado, são todas de acções muito ligeiras, 0.5-5 gr, ou 1-7 gr, …por aí. Leva umas montadas com vinis, outras com jigs, para poder escolher a mais indicada em função daquilo que aparece na altura. Porque há que ser muito rápido nas decisões, o peixe pode aparecer à superficie, ou no fundo a 40 metros, procura-se desta forma estar sempre equipado para dar resposta imediata. Eu normalmente levo 4 a 5 conjuntos, sempre equipados com diversos tipos de amostras, e não hesito em mudar, se entender que tenho vantagens em pescar com um vinil, em vez de um jig.
Por vezes acontece uma dentada mais forte que destrói um vinil, mas faz parte. Os vinis são altamente eficazes na pesca de peixe com tamanho.
As vibrações emitidas são …terríveis…eles não resistem.
O cabeçote de chumbo redondo utiliza-se quando se quer pescar a deixar bater a amostra no fundo, levantando a seguir, imprimindo movimentos verticais. Em fundos baixos, pode utilizar-se um shad, uma amostra com cauda vibráctil. Se o fundo estiver longe, acaba por não compensar porque este tipo de cauda trava muito a queda. Nessas circunstâncias, passa-se a um tipo de cauda bifurcada.
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| Os jigs da Savage em 5 e 7 gramas são responsáveis por imensas capturas de pargos e outros peixes. |
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| As bicas são capturas frequentes, quer com jigs, quer com vinis, e especialmente com os camarões de vinil. Adoram! Ficam perdidas!... |
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| Jig da Savage com 7 gr, o suficiente para convencer este pequeno robalo. |
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| Pelos “cabelos” é verdade, mas entrou no barco. Os anzóis assistes beliscaram apenas um pouco da pele da boca deste pargo, mas foi o suficiente. |
Aqui estava a pescar a cerca de 55/ 58 metros de fundo e utilizei um jig da DUO, com 30 gramas.
A Allblue lançou modelos similares, com preço mais reduzido. Ver em https://store.gofishing.pt
Vítor Ganchinho
