As águas vão aquecer

Agora que estamos autorizados pelo Governo a lançar as nossas linhas, parece-me bem fazer um plano daquilo que irá acontecer nos próximos dias de mar. Que tipo de pesca iremos fazer?
Pescar com isca orgânica? Pescar com carretos eléctricos tentando ainda aproveitar alguns dos cantaris, gorazes que possam ter ficado em zonas mais altas? É verdade que a sabedoria popular diz ” em Janeiro, sobe o goraz ao ribeiro”, mas é tarde para isso, agora estão bem mais fundos. Então e que peixe podemos tentar com alguma garantia de sucesso?
As águas ainda estão frias, mas há quem não tenha medo do frio, e esteja a comer para recuperar peso: o robalo. Este incrível peixe faz-nos levantar cedo da cama, mas vale o seu peso em ouro. As sensações que nos provoca não têm par. É a fazer spinning, ou jigging ligeiro, que podemos ter mais possibilidades de o conseguir, sendo que tem os seus momentos de maré, os seus dias, e é preciso conhecê-lo, é preciso acumular experiência, para poder conseguir resultados. Em suma, é preciso pescar!


Com as amostras e os jigs certos, o tempo é para ferrar peixes e fazer a mão aos materiais que adquirimos no último Inverno, mas que não pudemos estrear.  Os robalos estão aí,  cheios de vontade de lutar!


Quando temos a possibilidade de os pescar em águas rasas, nada melhor que um vinil de pequeno tamanho, equipado com um cabeçote de chumbo não demasiado pesado.
Vejam o equipamento abaixo.


Vinil tipo Shad, com 6 cm, cor sardinha, com uma trepidação muito apelativa. Esta é aquela que eu mais utilizo, mas a Daiwa tem outras cores disponíveis, também bastante eficazes.


Para estes vinis, o cabeçote certo é este, com gramagem entre os 4 e os 9 gr, extremamente afiado, e que faz estragos consideráveis num cardume de peixe.


O segredo é não pescar pesado demais. De um cardume de robalos, podemos fazer vários se soubermos escolher o material, ou podemos pescar um único, ou nenhum, se utilizarmos materiais com peso excessivo.
Também ao nível das linhas o mercado evoluiu bastante, existindo hoje linhas especificas para a pesca do robalo: uma linha que desenrola com muita facilidade na bobine do carreto, o que permite lançamentos longos, a zonas onde eles andam sem ser incomodados, e com secções baixas, ainda assim extremamente resistentes, que permitem lançar amostras mais ligeiras, e com isso não “escaldar” o pesqueiro tão depressa.


Esta é uma criação Daiwa específica para o robalo. Em stock nos expositores da GO Fishing Portugal, obviamente porque se trata de um produto de qualidade.


Este magnífico e nobre peixe ataca as nossas amostras sem medo, com garra, com vontade, e dá-nos efectivamente muitas alegrias. Mas temos de saber ser discretos!...


Robalo no forno, “made by Helena Neves”. Nunca falha! Um robalo de 2 kgs chega bem para uma família.


Lançar ao mar robalos pequenos é um imperativo de consciência, um dever de cada um de nós, para que os consigamos pescar quando crescem, e quando já têm força suficiente para vergar a nossa cana. Este perdeu, mas muitos ganham...



Vítor Ganchinho



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