Conforme prometido, aqui têm as imagens de captura de um robalo bonito, com um jig de 20 gr, da marca Xesta.
O modelo é um After-Burner, um jig que desce a emitir vibrações que chamam peixe de muito longe. Com águas bem limpas é possível ver o efeito que provoca quando desce.
Há que estar muito concentrado, olhar a velocidade de descida da linha, porque com muita frequência somos surpreendidos com paragens bruscas do jig.
Muitas das picadas são feitas na descida.
Vejam isto com o máximo de qualidade: 2160 K HD, com som.
Há várias nuances que podem ser analisadas aqui. Desde logo, a ausência de qualquer tipo de preparação prévia do pescador. Zero experiência! E todavia, no momento crítico, fez quase tudo bem feito! Reparem que mesmo no final, os meus nervos cederam...
É que normalmente é fatal recolher linha a mais. A tensão criada pelo peixe, aplicada a um comprimento de linha muito curto, faz com que algo ceda: ou parte a linha, e o peixe vai embora, ou rasga a pele onde o anzol está cravado, e o peixe vai embora.
Desta vez, o Fernando Santos teve com ele a sorte que as pessoas boas merecem.
Trata-se de uma simpática e muito agradável pessoa, com quem dá gosto estar. O tipo de pessoa que queremos que seja nosso amigo pessoal, com quem queremos sair mais e mais vezes. Boa gente, de grande coração.
Mas todavia sem os automatismos técnicos de pesca, sem aqueles gestos interiorizados que valem peixes. Um pescador de surf-casting que sai numa embarcação pela primeira vez não os tem, indiscutivelmente.
E por isso, todo o processo de pesca tem de ser cuidado de forma a que, no momento crítico, no momento dos “apertos”, tudo possa sair bem, sem perdas de peixes grandes, que criam traumas e constrangimentos. Um guia de pesca tem a obrigação de prever estes “acidentes”, de zelar para que no fim tudo corra bem. E de manter a calma, mesmo quando surge uma asneira que pode pôr tudo em perigo. Enrolar linha a mais, é normalmente fatal. Tenho a certeza que o Fernando se irá lembrar desse detalhe quando voltar a sair connosco e tiver novamente na ponta do jig um peixe de 3 kgs.
Peixe mais que merecido, para um pescador feliz. Que irá fazer muitos outros, porque tem muito daquilo que me parece fundamental num pescador: entusiasmo! |
Na circunstância, valeu a intervenção rápida do Carlos Campos com o camaroeiro, e o facto de o peixe já ter algumas corridas a lutar contra uma cana macia. Fosse ela mais dura, mais rápida e teria acontecido algo desagradável.
Mas isso é tratado antes, muito antes de começarmos a pescar. Penso que é em casa que estes peixes se ganham. É no sossego do lar que podemos prever, ajustar, procurar imaginar de que forma é possível retirar pontos fracos do sistema.
No momento da pesca, aquilo que podemos fazer é confiar que, previamente, fomos suficientemente competentes. Não é nos segundos que dura uma captura que temos tempo para mudar algo.
A qualidade das linhas, a solidez e afiamento dos anzóis, a lubrificação do carreto, a qualidade dos passadores da cana. Tudo tem de sair perfeito!
Continuamos a ter entre nós gente que pesca com canas muito duras. Pensarão porventura que são essas que melhor aguentam um peixe grande. Nem nada que se pareça. Não confundir acção de trabalho da cana, e falamos de animação de jigs com um determinado peso, com a acção dessa cana a trabalhar um bom peixe. Eu tenho feito peixes francamente interessantes com uma cana que à primeira vista não serviria para mais do que pescar carapaus. Mas serve! Serve bem e põe a seco peixes que porventura poucos desdenhariam poder capturar. Esta época de Outono tenho saído com esta vara fina, e os robalos grandes têm aparecido na caixa. Dentro.
Vou falar-vos sobre ela muito brevemente. Preparem-se para ver algumas imagens minhas, em acção de pesca, com esta cana que parece de brincar, um autêntico…elástico fininho.
Vítor Ganchinho
Foi literalmente um trabalho em equipa.
ResponderEliminarObrigado Sr Vítor pela experiência única. Um bem haja.
A Go Fishing desde a marcação do melhor dia da saída ao suporte em ação de pesca só tenho elogios, 5* mesmo. Foi um dia muito bem passado e a se repetir de certeza.
E um obrigado especial ao Sr Carlos Campos, sem ele o bicho tinha escapado.
Bom dia Fernando O bicho não escapou, nem tem nada que escapar, porque o meu amigo aguentou firme, com nervos de aço! O equipamento era muito ligeiro, a linha muito fina, e o único momento em que vi a captura em risco foi mesmo no fim, quando a quantidade de fluorocarbono entre o peixe e a ponteira era mesmo muito curta. Demasiado curta. Em cada dez peixes, seis vão embora à conta daquele detalhe. Mas quando se sai ao mar pela primeira vez, Deus dá sempre uma ajuda, coloca sempre uma mão nas costas do pescador, para ele não voltar a terra sem peixe.
EliminarFelizmente coreu tudo bem. E podiam até ter sido dois robalos, não fora o anterior ter desferrado junto ao fundo. Vamos voltar a pescar juntos, sem dúvida. Ficou a certeza de que o Fernando é muito boa gente!
A GO Fishing Portugal sente um orgulho muito grande em poder dizer que naquele dia fez mais um amigo.
Abraço
Vitor