SEMANA DOS MONSTROS 2

Vamos ver um outro filme, feito a bordo do mesmo barco de ontem.
Mais do que apresentar meia dúzia de pescadores que fazem alguns peixes interessantes, gostaria de vos chamar a atenção hoje para alguns detalhes do equipamento utilizado.
São pequenos nadas que, todos somados, fazem com que o peixe entre ou não no barco.
Já aqui falámos nas canas, nos carretos e nas linhas das baixadas. Material forte, que não propriamente feio. Na verdade trata-se de equipamento de primeira água, topo de gama.
Faltou-me ontem dizer-vos que a linha multifilamento com que se pescam estes peixes é, também ela, de muito boa qualidade. Depois de estas pessoas terem tantas despesas feitas, de hotéis, aluguer de embarcação, deslocações para portos longínquos, alimentação, equipamentos diversos, o que faltava era que algo falhasse por uma questão de falta de qualidade da linha.
Para lutar contra um destes peixes encorpados é bom contar com material criado pelos melhores fabricantes japoneses. Um bom exemplo de um linha específica para isso é a linha de 130 libras que podem ver abaixo.
Na GO Fishing vendemos estes multifilamentos para pescadores que vão bater-se com peixes que no primeiro arranque têm sempre muito mais força que uma pessoa, e por isso exigem requisitos especiais.
Estes pescadores, ou vão para destinos exóticos, do tipo Madagáscar, Reunião, Maldivas, ou irão ficar pelas nossas águas, mas pretendem fazer pesca à nossas corvinas, meros, atuns, lírios, tintureiras ou makos grandes, etc, e querem estar seguros.
O multifilamento Saltiga PE #10 já dá uma garantia considerável de não vir a romper, quando submetido a esforços máximos. É uma linha produzida por quem ouve atentamente as descrições de pesca de milhares e milhares de pescadores por esse mundo fora, e produz de acordo com as informações recebidas. Uma linha Saltiga, que vale 240 euros a bobine de 600 mts, não é uma linha qualquer, é uma 12 fios com cobertura de silicone, um topo de gama em qualquer ponto do mundo.




Alguns destes peixes XL podem ser feitos aqui no continente, outros estarão mais disponíveis quando nos deslocamos às nossas ilhas, Madeira ou Açores.
Um pormenor que também me parece importante referir é o apoio de cana que está fixo no barco. A picada pode surgir a qualquer momento, e invariavelmente é sempre violenta.
O material é pesado, as ligeirezas aqui não entram, e por isso mesmo está fora de questão ter de sofrer com ele nas mãos por longos minutos. Ficaríamos exaustos em pouco tempo.
Todavia, também não podemos deixar solto o conjunto cana/ carreto, sob pena de sofrermos um esticão repentino que o leve.
Por isso, o amadorismo de deixar a cana encostada na amura do barco, está fora de questão. Tudo seria tragado pelas águas em segundos.
Assim, aquilo que se faz é utilizar um sistema articulado que permite uma fixação perfeita, sólida, mas ao mesmo tempo possui um gatilho que, depois de acionado, nos deixa de imediato a cana nas mãos, solta.
Passo-vos fotos do sistema, que instalei no meu barco, com bons resultados. A GO Fishing Portugal tem peças destas à venda.


A peça base é fixa de forma muito sólida ao barco. A seguir, com um sistema de click, podemos encaixar o suporte, por pressão. O sistema funciona muito bem. Utilizo-o para pescar com uma segunda cana, normalmente com isco vivo, ou a peixes de passagem, a meia água. 


Permite que a montagem seja feita em qualquer posição, o que nos dá a possibilidade de dirigir a cana na direcção pretendida. Por exemplo, podemos rodar o suporte e colocar a primeira cana a pescar para a ré do barco, não interferindo com a utilização de uma segunda cana. Na segunda foto, é perfeitamente visível o gatilho que pressionamos, e que nos irá deixar a cana solta nas mãos.


Estarmos perfeitamente equipados já é algo, já dá alguma segurança, ainda que não possa ser o garante de que nada de especial irá acontecer.
No filme que iremos ver abaixo, acontece um dos imponderáveis que ninguém pode evitar: o ataque de um tubarão ao peixe que estamos a rebocar para a superfície.
Nas nossas águas costeiras, isto pode acontecer por força da intervenção de dois bandidos irreverentes: a tintureira, o nosso vulgar tubarão azul, e o Mako, o tubarão com dentes bonitos que é recordista de velocidade: 88 km/h em piques curtos, um dos mais rápidos peixes do mundo. Pois falamos do Isurus oxyrinchus, também conhecido por anequim. Estes artistas podem chegar aos 4.30 mts, para um peso de 580 kgs.
Fiz, obviamente sem querer, um destes peixes há alguns meses, e passo aqui uma foto:


Peixe libertado em boas condições de sobrevivência, depois de oxigenado. Lançou-se a um besugo que subia na minha linha e ficou preso no anzol. De reparar nas ampolas de Lorenzini, os “furinhos” microscópicos, na ponta do focinho. São canais receptores de informação, muito sensíveis.


Estes peixes levantam-se da água com um puxeiro, a introduzir na boca do animal. Os correntes camaroeiros podem não ser suficientes.




Espero que tenham gostado e que um ou outro detalhe vos tenha ajudado a ficar com uma ideia de como fazer, um dia que tenham na linha um destes peixes.



Vítor Ganchinho



2 Comentários

  1. Bom dia Vítor,

    Esse suporte / apoio de canas tem muita categoria, esse sistema "Quick release" é de facto um valor acrescentado e muito prático.

    Abraço,
    A. Duarte

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    Respostas
    1. OI António! O sistema funciona muito bem, porque é sólido, e é muito prático. O encaixe é muito fiável, e permite, através do gatilho, ficar com a cana na mão num segundo.
      Eu estou a utilizar quando saio, para deixar uma cana como ..."cana perdida", com uma cavala ou um carapau vivo. Quando pica, ..é grande!

      Temos duas unidades na GO Fishing para venda.
      As pessoas olham para aquilo e não compram porque nem sabem para que serve. Se estiver atento, nos filmes que apresentei aparecem todos os barcos equipados com eles.

      Abraço!
      Vitor

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