Devemos uma vénia e um profundo agradecimento a todos os bons criadores de equipamentos de pesca. É devido a todos eles um sinal de reconhecimento e gratidão, pelo seu esforço e criatividade.
Todos dão o seu melhor para imaginar, desenvolver, testar e apresentar os seus melhores productos. E tantas são as marcas de qualidade no Japão.
Trago-vos hoje aqui alguma informação sobre uma delas, uma marca que se impõe firmemente em todo o mundo com a naturalidade dos predestinados, uma equipa de gente que sabe de pesca: a Daiwa.
Eles colocam nas nossas mãos a mais alta tecnologia em termos de equipamentos de pesca, para que nós possamos…divertir-nos.
Serão seguramente melhores dentro de alguns anos, o futuro não pára, mas a qualidade daquilo que é produzido hoje já é tremenda! |
As notícias não são boas: a exemplo de 2021, o ano de 2022 vai ser mais um ano mau em termos de apresentação de equipamentos.
A pandemia ainda resiste em muitos países e isso influencia negativamente as opções das marcas produtoras, as quais, não obstante a sua grande vontade de aparecer, de mostrar aquilo que têm de novo, não o irão fazer.
Infelizmente foram adiadas por mais um ano as feiras de artigos de pesca no Japão. Por isso mesmo, a possibilidade dos distribuidores e clientes finais tomarem contacto com as novidades é …escassa.
A Daiwa, atenta ao que se passa a nível global em termos de pandemia, e na impossibilidade de o fazer fisicamente, decidiu lançar uma apresentação on-line, levantando um pouco a ponta do véu.
É uma pena que assim seja, porque desde logo perde-se a possibilidade de poder contactar pessoalmente com os engenheiros de inovação e desenvolvimento, aqueles que nos sabem mostrar todo o potencial das peças que fabricam.
Digo-vos que é uma experiência incrível para um pescador poder dialogar, colocar questões, satisfazer a curiosidade, e ser informado por quem sabe profundamente daquilo que fala. Ter um engenheiro da Daiwa a explicar-nos as razões que levaram à criação desta ou daquela peça é algo de excitante e motivador. E digo-vos que eles têm uma paciência infinita, para nos explicar um ou outro detalhe técnico. Mais ainda se nós dermos luta, se nos atrevermos a dar as nossas sugestões, ou a contrariá-los.
Para quem gosta de pesca, ter um contacto pessoal com quem vive a sonhar a perfeição absoluta do equipamento é uma experiência incrível.
Quando pensamos que esta gente está parada, que não está a conseguir trabalhar, que as limitações do teletrabalho são muitas, pois eis que chega uma lufada de ar fresco, e um catálogo de novos produtos aparece.
Há de facto muito de novo, grandes inovações, e tenho a certeza que na primeira oportunidade, em princípio já em 2023, vamos ter grandes surpresas.
A pesca, não obstante a pandemia, não parou de evoluir. Os técnicos continuam a conseguir empurrar para trás todos os limites conhecidos. Aquilo que há um ano pensaríamos não poder vir a existir, já está feito.
Chamo-vos a atenção para o filme que têm no fim deste artigo. E se esta gente sabe do que faz...
Algumas peças serão pouco acessíveis, não serão para todas as bolsas, mas esse é um preço a pagar pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta. As boas marcas tentam produzir objectos de qualidade, que os orgulhem a eles, que sejam também motivo de orgulho e uma vantagem tecnológica para quem os adquire. E são naturalmente caros.
Quem gasta milhares de horas a criar um carreto, quer ver esse empenhamento, esse esforço tecnológico, esse custo de horas e horas de estudo e ensaios, rentabilizado.
Seria bem estranho termos uma equipa de 6.000 pessoas (a Daiwa) a trabalhar, e no fim não valorizarem o producto da sua empresa. Não faz sentido.
Vejam os carretos na imagem em baixo. Parecem ruins? Parecem inúteis? Pois são a última palavra em tecnologia, em leveza, em resistência a esforços, aos elementos, e isso necessariamente tem o seu custo. Na minha opinião, valem bem o esforço que possamos fazer por eles, e não apenas pelo conforto, pela performance, pelo luxo que indiscutivelmente são. Não falamos apenas de prazer de pesca, mas sim de fazer com eles aquilo que não se consegue fazer com os outros.
Estou perfeitamente convicto de que uma peça destas acaba por ser se pagar, em peixe, num espaço de tempo muito curto.
Verdadeiras bombas de tecnologia, esta série de carretos Saltiga para light Jigging. |
A pesca de jigging é exigente em termos de equipamento. Se queremos sentir-nos verdadeiramente equipados, e capazes de responder aos desafios que os peixes nos lançam a cada saída de mar, é bom que tenhamos algum cuidado com aquilo que adquirimos. Por vezes é apenas um detalhe, outras vezes são um conjunto deles. No fim, a diferença pode chegar a ser grande.
Dou-vos um exemplo prático: um carreto que é produzido para ser barato, com materiais de baixa qualidade e que empenam com o calor, por exemplo, acaba por ver as tolerâncias do diâmetro da sua bobine serem alteradas.
Porque é pressuposto que não entre água ou partículas, assume-se que o carreto tem a bobine ajustada ao corpo do carreto. Se houver uma dilatação, passa a haver atrito e isso não deixa a bobine deslizar com facilidade sobre o seu eixo. Isso trava a descida do jig.
Essa travagem, num dia de vento, em que a embarcação é velozmente empurrada sobre as pedras, é o suficiente para que exista uma redução significativa do espaço de tempo que temos para pescar com o jig no fundo, antes de sermos obrigados a recolher.
E isso significa menos tempo útil de pesca.
Está tudo ligado. Se não conseguimos pescar verticalmente, a nossa acção vai ressentir-se disso, vamos pescar pior, vamos detectar menos toques, vamos ferrar pior. Por consequência, no final do dia iremos pescar menos peixe.
Quando se pesca peixe de fundo, como os pargos, por exemplo, aquilo que nos interessa é ter o jig a trabalhar na faixa de trabalho dessa espécie. Tudo o que não seja isso, é perda de tempo. Raramente iremos ter a oportunidade de conseguir ferrar um pargo à superfície.
De nada adianta que o fabricante se tenha esmerado na concepção de um jig com um trabalhar vibrante, atractivo, cores correctas, se afinal a nossa linha está oblíqua e tudo o que fazemos é sentir um peso na linha, a 50 metros de distância. Nessas condições pescamos mal.
Tudo começou por um simples detalhe: o nosso carreto, sob temperaturas altas, é lento a soltar linha.
A pesca encerra em si adversidades cuja resolução nem sempre depende da nossa vontade.
Um dia de vento, uma corrente demasiado forte, água demasiado fria, redes de emalhar espalhadas pela zona de pesca, demasiados barcos a produzir ruídos, peixe a afundar para zonas de difícil acesso, tudo nos pode incomodar. Se a isso juntamos uma cana que é absolutamente insensível, um carreto que só atrapalha, iscos que não são os indicados para aquele dia e aquelas espécies, ...temos uma mistura explosiva. E os resultados ressentem-se, obviamente. Nesses dias, contar com o apoio de material topo de gama pode minimizar as nossas agruras. Por vezes basta uma cana que lança mais 10 metros que outra. Se chegamos onde está o peixe conseguimos, se não chegamos lá...
Por todo o lado surgem novidades, ameaçando a nossa carteira, colocando em perigo as certezas que tínhamos até... hoje. A minha opinião em relação a isso é simples: mais vale não comprar, que comprar ruim. Se é necessário esperar mais algum tempo até que estejam reunidas as condições para que a compra se efectue, pois que seja. É muito diferente comprar uma vez uma peça que dura 10 anos, que comprar 10 peças que duram um ano. Os fabricantes de topo sabem aquilo que estão a fazer.
Vejam isto:
Vítor Ganchinho
Boas esse exist vai para que valores e que medidas se arranja por ca
ResponderEliminarBom dia!
EliminarAs versões japonesas destes carretos são as mais usuais na pesca de spinning. Têm todos os tamanhos. Quanto a preços, isso sai fora do âmbito deste blog, este não é o espaço para fazer negócios de equipamentos. Basta contactar a GO Fishing Portugal e dizer o que pretende.
Cumprimentos
Vitor