A GO Fishing Portugal é frequentemente solicitada para participar em iniciativas ligadas ao mar.
São entidades estatais, canais de televisão, organizações privadas que, de uma ou outra forma, necessitam de apoio logístico, nomeadamente os nossos barcos, informação técnica sobre pesca, sobre condições de mar, ou até de possível localização geográfica de alguns tipos de peixes.
Tudo isto faz parte da missão de informar, de ajudar, de dar uma mão amiga a quem nos procura.
Desta vez o motivo foi a ROLEX FASTNET RACE, através de uma operadora de televisão inglesa, a IMG Productions.
Quando atendi o telefone, tinha do outro lado da linha Anne Bosman, uma simpática holandesa que se apresentou e queria algo a que eu não podia dizer sim: queria ir pescar sardinhas comigo, à noite!
Enquanto coordenadora de uma equipa de filmagens, era sua missão conseguir imagens da pesca da sardinha, e pouco ou nada sabia do assunto.
Fiz-lhe ver que a disponibilidade era total no sentido de ajudar, mas que a pesca que fazemos, a pesca com técnicas do género do LRF, do Jigging, do Spinning, Pesca Profunda com carretos eléctricos, etc, em nada se coadunava com aquilo que queria fazer, uma pesca de rede, sempre executada por profissionais, regulamentada, e cujas características técnicas em nada se assemelham ao que uma embarcação MT pode fazer.
A partir daí, foram dados passos no sentido de lhe conseguir valer em termos de informação. E na verdade, aquilo que parece ser algo de corrente e normal, não o é tanto.
Desde logo porque pessoas não pertencentes à tripulação de uma embarcação de pesca profissional, sem cédula marítima, não podem estar a bordo. Depois porque os operadores de câmara e repórteres necessitam de uma autorização especial da capitania do porto a que a traineira pertence. E ainda se dá o caso de o armador ter de preencher e assinar um documento que permite a captação de imagens.
Em resumo, não é tão simples assim.
Os três dias de permanência desta equipa em território nacional foram pois passados a tentar obter imagens já feitas, a que queriam juntar algum material de imagem conseguido em terra, nomeadamente algumas entrevistas a pescadores, no acto de chegada da faina. E pediram-nos contactos de locais onde poderiam fazer isso.
Indicada que foi a Docapesca de Sesimbra, e a de Setúbal, o resultado veio a ser uma fiasco. A organização de Setúbal respondeu não ter nenhuma traineira a fazer captura de sardinha, e a de Sesimbra argumentou com a escassez de tempo para poder levar adiante todos os trâmites processuais necessários. Em resumo, nem no mar nem em terra.
A alternativa, conseguir imagens já feitas, não recebeu resposta positiva de nenhuma operadora de televisão.
Entende-se que uma entidade que vive da divulgação e venda de imagens a outras operadoras não queira ceder gratuitamente o seu espólio de imagens.
E assim ficou sem efeito a apresentação ao mundo de imagens nacionais de uma prática, a pesca da sardinha, que é considerada um “ex-libris” do nosso país.
A GO Fishing não pesca à sardinha, e por isso pouco podia ajudar. Por azar dos Távoras, houve saídas consecutivas com clientes de pesca LRF nos três dias em que a equipa de televisão esteve entre nós, o que impossibilitou qualquer tentativa de podermos ser prestáveis nesta situação.
Fizemos todavia amigos, e ficou marcada para um futuro próximo uma saída de mar numa das nossas embarcações.
Para que fiquem com uma ideia do trabalho desta operadora de televisão, passo-vos um fantástico filme, que decerto não se importarão de ver, porque tem de facto muita qualidade:
Clique na imagem para visualizar e na rodinha para melhorar a qualidade
Era precisamente neste filme que iriam ser adicionados alguns segundos de pesca à sardinha...
Fica para a próxima. Nem tudo na vida tem de ser perfeito.
Como de costume, a GO Fishing vai estar sempre disponível para ajudar.
A nossa costela internacional é evidente, cumprimos todos os dias a nossa vocação de empresa importadora e exportadora de venda de equipamentos de pesca, fazemos saídas de pesca embarcada especiais, com assinatura de autor, e recebemos de braços abertos quem a nós se dirige. Focamo-nos muito em divulgar o nosso país a quem chega de fora, em mostrar a qualidade do Portugal que temos.
Esse é um compromisso perpétuo, eterno.
Vítor Ganchinho