QUANTOS PESCADORES LÚDICOS SÃO NECESSÁRIOS PARA FAZER ISTO?

Aflige-me pensar que a visão que as pessoas têm do mar é meramente extractiva. Vamos ao mar para “trazer”.
E fazemo-lo de todas as formas e feitios. A começar pelos pescadores lúdicos, que compram anzóis “mosca” de tamanhos ridículos e se dedicam à “pesca”, leia-se massacre, de miudezas.
São eles quem alimenta toda uma indústria de produção de iscos que, por haver compradores, floresce e continua impavidamente a abastecer lojas de venda de iscos orgânicos.
Para vender pacotes de minhocas, temos gente suficiente. Há centenas de pontos de venda pelo país, e servem todos aqueles que pretendem matar peixinhos pequeninos para... fritar.
A GO Fishing não se revê no conceito, não vende, não aceita parcerias dessas, ficamos apenas a observar de longe, a pensar que tudo poderia ser diferente, se a mentalidade fosse diferente.
Quem vai ao mar para trazer sarguinhos de 12 cm, ditos legais, nunca será bem vindo às páginas deste blog.

Já temos “rapaziada” a estragar o mar em número suficiente. Basta ver os massacres que são feitos sobre os cardumes de sardinha, de cavala, de carapau, de biqueirão.
Passo-vos uma imagem de uma embarcação necessariamente não identificada, para que tenham a noção do quanto pode ser devastadora uma arte de cerco.
O assunto passa-se à luz do dia, e é trabalhado por uma barca que pesca com malhas finas, com meios técnicos e humanos suficientes para arrasar, e esta é a palavra, centenas de metros de ecossistema natural, de cada vez. A cada lance.


Podem ver um cabo à direita da embarcação. Está preso a um barco que o estica, na potência máxima do seu motor, e destina-se a equilibrar a barca, que verga e adorna sob o peso das redes e cardumes capturados. É impressionante ver isto, …são toneladas de peixe. A cada lance, e depois de fechar o copo por baixo, tudo aquilo que está dentro do perímetro irá ser içado para bordo.


Esta é uma “arte” que dizima, que não dá a menor possibilidade a milhares de peixes que morrem a um ritmo que a natureza não pode repor. Nada resiste a isto!...
Bem sabemos que a pesca profissional não atende ao peixe em si, ao individuo que é pescado, mas sim ao peso, às toneladas de pescado capturado. Quanto nós estamos longe disto, pescadores lúdicos amadores, que valorizamos cada peixe, capturado com tanto esforço. É com os nossos modestos peixes que preenchemos o nosso imaginário, é com eles que sonhamos anos e anos, é por eles que somos pescadores de linha.
E é por um simples peixe que aceitamos pagar. E muito.
De certa forma, teremos de entender que a profissão desta gente é esta, é isto que eles fazem, e não é nada de novo. Mas custa, no mais íntimo do ser de cada pescador lúdico, pensar que um local por onde passa uma destas embarcações passará a ser um deserto sem vida durante algum tempo. Aquilo que parece ninguém querer saber é o que fica na água depois de cada lance de traineira.
Com redes de sardinha de malha miúda, o que pode escapar depois da passagem de uma destas unidades?
Que alimento fica, depois do lance efectuado, para os predadores que nós procuramos?! Como podemos ter robalos, pargos, corvinas, atuns, se lhes roubamos o alimento? Para que serve um mar vazio?




Um único peixe bonito faz a felicidade de um pescador de linha durante meses, serve de motivo de intermináveis conversas com os amigos nas redes sociais, com fotos do peixe e descrição do momento.
Provavelmente da mesma forma que seis toneladas de peixes farão a felicidade de um armador. Por um dia...
Resta-nos respeitar quem trabalha no mar, não deixando contudo de pensar que poderia ser diferente. A pesca lúdica, a nível mundial, movimenta mais dinheiro que a pesca profissional.
Não deixa de ser uma incongruência que aqueles que pescam pouco tenham de pagar muito, e aqueles que pescam muito sejam subsidiados em quase tudo pelos valores captados aos que pescam pouco.
Falamos de subsídios ao gasóleo, à gasolina, aos dias de “não pesca”, aos defesos, no fundo a tudo aquilo que nós, pescadores lúdicos não temos. E somos muitos.
Para que tenham uma ideia, em 2020 foram passadas mais 40.535 licenças de pesca que no ano anterior. Em ano de pandemia…
Somos mesmo muitos e seguramente não temos ideia do poder que temos nas mãos.



Vítor Ganchinho



10 Comentários

  1. Disse tudo. Muito obrigado pelo seu trabalho e partilha de saberes

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    1. Boa tarde


      Acabo de chegar do mar, mais uma vez.
      A cada dia mais redes, mais formas de exterminar peixe. Se pensarmos fora da caixa, se nos colocarmos do outro lado da barricada, chegaremos à conclusão que difícil não é ser pescador de linha, é ser peixe. Tentem imaginar o que é ter de mudar de local de alimentação pelo meio de um labirinto de redes. De dia são visíveis, de noite nem tanto. E eles vivem lá todos os dias, ...e noites.

      Obrigado pelo seu incentivo. Acredite que conta muito para quem publica diariamente aquilo que os seus olhos veem. Em nome de toda a equipa que faz acontecer o peixepelobeicinho.blogspot.com, o nosso obrigado.
      O blog não é mais do que a transposição diária de uma fatia de mar
      ao domicilio, a quem por esta ou aquela razão não pode lá estar.
      Boas pescarias para si!

      Abraço
      Vitor

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  2. Bom dia Vitor,
    Permita-me discorda da sua opinião do isco orgânico, o facto do pescador que compra minhoca para ir aos peixeinhos, isso vai da sua intenção, porque sabe tão bem como eu que mesmo a pescar com minhoca podemos direcionar a pesca ao peixes grandes ou peixes adultos pelo menos. Erradicar a venda de isco orgânico penso que não seja a solução, pois existem outras modalidades que não podem ser praticadas com artificiais e nem os resultados serão os mesmo dependendo do tipo de peixe que se procura... Sei ao que se refere quando diz que as minhocas são para os peixinhos , e infelizmente, 70% das vezes são mesmo, mas também existem muitos outros iscos da categoria dos anelideos que não são destinados a pescar peixinhos pequenos, e claro que essas diferenças também variam de local para local. Onde pesco, diria que a pesca que se faz é 90% com iscos e não e por isso que só se vê malta a pescar peixinhos pequenos... pelo contrário. Tudo depende local e do modo como a isca é apresentada.

    O principal problema que enfrentamos em Portugal, seja na ludica ou mesmo na profissional, é um: a mentalidade !

    Este recurso que temos tão vasto ao longo da nossa costa, merecia ser melhor explorado e gerido, certamente seria uma fonte de riqueza inesgotável.... para nós, portugueses, e não para outros como acontece atualmente... pagam gato e levam lebre...

    De resto deixe-me dizer que é mais um artigo interessantíssimo e com boa matéria para se discutir aqui nos comentáios. Talvez um dia marque uma saída consigo para ver se finalmente me ensina a apanhar um pargo ao jig e ouvir tantas histórias de mar que deve ter para contar ! Abraço Vitor

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    1. Boa tarde André Matos

      Percorrer o país, de norte a sul, e ilhas, e espreitar por cima do ombro de quem pesca com minhocas ...leva-nos a uma inevitável conclusão: quem as utiliza está sempre mais perto de pescar aquilo que as come: peixe miúdo. A percentagem de capturas de miudezas é bastante superior aos 70% de que fala.
      Se o André Matos seguir o rasto de um pacote de minhocas até ao fim, vai encontrar alguém que está a pescar peixes sem a medida mínima legal. Ou, como alternativa, e não sei se pior que isso, estará a pescar peixes legais, com medidas enquadradas na legislação portuguesa,
      tais como sargos de 12 cm, douradas de 19 cm, etc. Esses são apenas projectos de peixes, algo que dentro de alguns anos seria o peixe da vida de alguém.
      Não há falta de legislação no nosso país, há sim falta de fiscalização. A impunidade com que se pode ir ao mar roubar peixe juvenil, peixe que ainda não reproduziu, é alarmante.
      Veja aquilo que é capturado com minhocas num qualquer paredão de uma das cidades com rio/ mar, nos portos, nos esteiros. Siga as minhocas dos pacotes. Espreite para os baldes e veja o tipo de peixe que está morto dentro deles. E se encontrar uma dourada de 6 kgs, ou um robalo de 8 kgs, diga-me, para eu ir ver e felicitar o pescador que o conseguiu fazer.

      Escreveu:
      ...."pois existem outras modalidades que não podem ser praticadas com artificiais e nem os resultados serão os mesmos"....

      Diga-me que peixes não podem ser capturados com artificiais. Prometo-lhe um artigo sobre o assunto. Cheguei agora mesmo do mar. Não pesquei com nada mais que artificiais. E olhe que lá em casa o jantar esta noite é....peixe.


      Abraço
      Vitor

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    2. Percebo que este blog seja direcionado à pesca embarcada, e com forte enfâse na sua paixao, a pesca com jig. Mas conhecedor do mundo da pesca como o vitor é sabe que os resultados não serão os mesmos da malta que pesca à boia ou do pessoal do surfcasting se passarem para iscos artificiais ... se a eficácia fosse a mesma ou até semelhante, há muito tempo que a venda de iscos estava condenada. A pesca de artificial traz essa grande vantagem em relação às restantes... não é preciso arranjar isco fresco, nem gastar tempo à procura dele. Como o vitor sabe, numa pesca com isco organico, para além de ser dificil arranjar bom isco, temos de gastar tempo a procurá-lo, seja a apanhar ou a ir buscá-lo.

      É certo que muito pessoal usa a minhoca para apanhar peixe miudo, isso é ponto acente ! mas o que queria transmitir é que depende muito da intenção, pesco em aveiro e tambem as mesmas pessoas da minhoca, agora no verão usam os jigs de 10gr para matarem centenas de robalitos que andam por aqui atrás da petinga ... Assim como outros utilizam minhoca para pescar à boia e só apanham peixe bom (sargos adultos), peixes crescidos de 700/800gr, inclusive muitos peixes de kilo... claro que também tiram os pequenos, mas guardá-los ou não, é uma decisão do pescador...

      Todos os peixes se apanham com artificais, face à qualidade a que hoje chegaram as imitações, esse é outro ponto acente. Mas nem todas as técnicas permitem a imitação ultrupassar a eficácia do isco organico. Um surfcasting com vinil de pilado não tem a mesma eficácia que a mesma pesca com um pilado no anzol, esteja ele vivo ou morto!
      Abraço Vitor !



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    3. Bom dia André Matos

      Mais uma vez lhe agradeço o favor do seu comentário.
      O surfcasting e a pesca à boia são modalidades que já deram provas da sua eficácia, e não restringem em si as possibilidades de conseguirmos bons peixes. Há mesmo pessoas que se especializam nessas técnicas e logram uma perfeição extrema, a ponto de conseguirem resultados de excepção em campeonatos do mundo de pesca desportiva. Somos bons nisso.
      Ou não fosse o bom povo português exímio em conseguir fazer muito com pouco. Eu comecei a pescar há 53 anos atrás, com seis anos, e na altura tinha de compra uns metros de linha de nylon, uns quantos anzóis, e o resto eu inventava. Fazia as minhas boias, as minhas canas em bambu, ou uma simples cana de canavial, e não era por isso que deixava de encher caixas de peixe. Nós temos uma capacidade adaptativa enorme, e sabemos tirar partido ...de tudo.
      Por isso, não me espanta que se pesque, e bem, em surfcasting, e à boia.
      Confesso a minha falta de interesse por ambas as soluções. Quando vou à pesca, parto sempre do princípio que levo canas, carretos, artificiais e...barco.
      E é sobre isso que eu escrevo.
      Ninguém tem toda a verdade, e eu muito menos. Mas continuo a pensar que quem adquire minhocas irá pescar aquilo que come minhocas.
      Onde escreve: " outros utilizam minhoca para pescar à boia e só apanham peixe bom (sargos adultos), peixes crescidos de 700/800gr, inclusive muitos peixes de kilo"... eu diria que pontualmente fazem peixes destes, sendo a maioria de tamanho bem inferior.
      Não me interessa analisar aquilo que é possível fazer num local específico, e dou-lhe exemplos concretos: a Pedra da Galé, na Carrapateira, as pedras dos Farilhões, ao lado das Berlengas, (quando era permitido pescar lá), davam muito sargos de grande tamanho.
      Mas essa não é a realidade diária de quem pesca nos pontões, nos paredões das cidades. Aí, aqueles que compram minhocas pescam sargos do tamanho de um relógio de pulso, quando pescam algo.
      Os artificiais são válidos para muitas situações, que não para o surfcasting, ou a boia. Há mesmo pessoas que se arrepiam de ouvir falar em utilizar iscos orgânicos, e não deixam de estar no leque dos melhores pescadores europeus. Desafio-o a ver no Youtube pescas feitas pelos meus amigos António Pradillo e Raúl Gil Durá. Eles, que pescam robalos, pargos, douradas, anchovas, atuns, etc, nem querem ouvir falar em iscos naturais.
      Não precisam deles.

      Acredito que lhe seja estranho que alguém pesque douradas com jigs. Eles fazem-no todos os dias....

      Abraço
      Vitor

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    4. A minha intervenção apenas foi numa ótica de que o principal problema é a mentalidade do pescador português, e não o isco orgânico ou artificial.

      (In)felizmente sou grande entusiasta de todas as vertentes de pesca. ( o que fica um pouco caro xD). Conheço perfeitamente esses videos inclusive, já fiz algo parecido, não tendo uma zona forte em douradas perto de casa, tiveram de ser os barbos a testar os jigs e os vinis de criaturas :D :D :D Uma pesca bem divertida!
      Iniciei a pesca com amostra no achiga e depois passei para o mar, praticando mais vezes com os mini jigs à cavala ( fica a faltar o belo Pargo que espero um dia conseguir faze-lo na sua presença :D ).

      Talvez até saia um tema interessante desta conversa para uma futura publicação : Explorar a mesma pedra artifical vs organico . Quem melhor ?? :D

      São interessantes estas discussões de pescadores e mais opiniões pudessemos ler neste seu blog. É pena a malta ler e ficar calada, porque com certeza que qualquer opinião seria interessante de ouvir. Quem diz este tema, diz outros interessantes que o vitor também já aqui escreveu!

      Um grande abraço e esperamos uma foto de um Pargo com 10kg na proxima publicação

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    5. Tem toda a razão: a maior parte das pessoas de facto não participa, e todos perdemos um pouco com isso. Estou certo de que haverá muita gente com excelentes ideias e com muito para contar. Mas não fazer nada é sempre mais cómodo.

      Também deste lado eu pesco um pouco a tudo, com o que isso implica em termos de disponibilidade de equipamentos. Terei umas 50 canas e respectivos carretos em casa, o que
      me obriga a inventar espaço todos os dias. Até porque compro regularmente material novo, e por isso mesmo acabo por ter de vender canas que foram à água apenas duas ou três vezes.
      Guardo para sempre apenas aquelas que as marcas mandam com o meu nome gravado.

      Sobre a questão dos orgânicos versus artificiais, seria interessante sim, mas implica duas embarcações distintas, a sair no mesmo dia. Não é possível pescar ao mesmo tempo das duas formas, no mesmo barco, porque o conceito de pesca é diferente. Eu tenho semanas em que não lanço uma âncora ao fundo. E pesco sempre sozinho, sem outros barcos por perto. Se há barcos na zona, saio e vou para outro lado. Preciso de controlar o que se está a passar no fundo. Não o consigo se tiver barcos a lançar âncoras, a recolher, a acelerar ao meu lado, a fazer barulho. Isso não.

      Pode ser que um dia calhe irmos pescar juntos, porque não? De momento, com mais de 120 pessoas inscritas nos cursos, é impossível. Fechei as inscrições e sei que até final do ano não terei disponibilidade para abrir a mais ninguém. Eu não faço dias de pesca normais, aquilo que se chama " saídas de pesca", faço sim aulas de pesca, em que trato de muito mais que levar alguém a um sitio onde pode encher uma caixa de peixe. É algo diferente disso.
      Sinto que posso e devo fazer muito mais. Um dia de mar a bordo de um barco GO Fishing é uma aula de pesca com a duração de seis a sete horas. E isso é muito exigente para todos.
      No fim, o peixe é o que menos interessa, embora toda a gente regresse com a sua caixa composta. Mas o interesse que tenho em trabalhar apenas para encher caixas é nulo. Nunca é um objectivo para mim. E quando sinto que há pessoas que vão apenas com esse objectivo, o dia de pesca acaba mais cedo. Aconselho todas essas pessoas a inscreverem-se
      numa saída de traineira. Com redes.
      Ontem, com jigs, fiz alguns peixes interessantes, entre eles um pargo de 3 kgs, bem longe dos 10 kgs de que fala. Mas ainda assim, o suficiente para a família. Ainda há alguns pargos das Canárias, não foram ainda embora. Os capatões estão aí, em força.
      Fiz um pargo de 11 kgs com linha PE 0.6, e terminal 0.30mm, provavelmente recorde nacional na categoria pargo capatão.
      Mas não acontece todos os dias.

      Há lírios, há pargos, e há três dias entrou uma dourada de 2 kgs. Sempre aparece peixe bonito.

      Abraço!
      Vitor

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  3. Excelente artigo, esta é a verdade, com stocks cada vez mais reduzidos, qualquer dia Pargos, Corvinas, Sargos, etc, só mesmo em fotografia,é isto que se vai deixar para a próxima geração. Abraço!

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    1. Boa tarde.

      Por vezes é preciso inspirar fundo, encher o peito de ar, e recorrer a uma grande dose de positivismo para encontrar razões para acreditar que vai haver peixe daqui a uns anos.
      Mas a natureza não pára de nos surpreender, e onde houver um ponto em que um peixe possa respirar e alimentar-se, ...há um peixe.
      Sejamos honestos: há muito menos peixe que anteriormente. Aquilo que mantém a chama acesa é a maior eficácia dos equipamentos. Não é o melhor rumo.
      Os americanos tomaram medidas drásticas, regularam, e hoje têm muito peixe.
      Penso que a mortandade que é feita dentro dos estuários deve acabar. Por mim, proibição completa de pescar de qualquer forma, lúdica ou profissional, nas maternidades de peixes.
      Depois de crescidos, eles vêm cá para fora e aí estarão à disposição de todos aqueles que os quiserem pescar. Adultos!


      Abraço
      Vitor

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