PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PESCA

Apareceu pela GO Fishing Portugal, na passada semana, alguém cuja privacidade queremos e vamos obviamente respeitar, a pretender adquirir um equipamento completo de pesca. 

Nada de especial, isso é aquilo que é feito em Almada todos os dias e não tem demasiada história. O apoio técnico, sempre que solicitado, é prestado com gosto, com boa vontade.  

Quem se inicia na arte da pesca necessita de ajuda para não adquirir materiais desajustados ao tipo de pesca que pretende praticar. É importante limitar os gastos ao equipamento estritamente necessário à pesca, não deixando a pessoa adquirir nada que não seja o indispensável. A experiência, a prática continuada, a certeza de que irá querer continuar a pescar pela sua vida fora, irão dar ao praticante a noção daquilo que ainda lhe falta, e nessa altura sim, vale a pena comprar. 

Mas esta pessoa expressou a sua vontade de comprar um EQUIPAMENTO COMPLETO DE PESCA e foi isso que chamou a atenção para este estranho e singular caso. 

À pergunta sacramental sobre que tipo de pesca iria fazer, a resposta não deixou de ser desconcertante: “ Todos”. 

Isso implicava material de jigging, spinning, vertical, surfcasting, trolling, etc, etc. E seria muito material, por força da diversidade de modalidades de pesca de mar que se praticam entre nós. Tentou a pessoa que atendeu este cliente explicar-lhe que um carreto eléctrico pode ser muito útil para quem pesca profundo, mas tem serventia nula se a pessoa quiser lançar amostras a partir de um pontão, ao robalo. E a resposta seguinte ainda foi mais curiosa: “ Por isso mesmo é que eu não quero carreto nenhum. Nem preciso de cana”….

Bom, abreviando, aquilo que o pescador pretendia adquirir era afinal nada mais que uma linha e um anzol. 


Comentei o caso com um amigo japonês, e ele nem queria acreditar no que ouvia. E resolveu ir mais longe: enviar-me a versão traduzida do kit de pesca indispensável no Japão, ou seja, aquilo que é distribuído a um iniciado em pesca como mínimo, no país do sol nascente. E aí fui eu que fiquei a pensar que a realidade dos nossos países era de tal forma distinta que não havia muitas formas de poder comparar o potencial financeiro de cada pescador, português versus japonês.  Para eles, aquilo que se considera o mínimo, por exemplo para pesca de costa à boia, é algo como isto, que vos passo em imagens, a seguir: 



Acima temos uma resma de produtos, desde pesca em si a conforto térmico, protecção contra acidentes pessoais, protecção de material de pesca, arrumação de acessórios, etc. 

Quando penso que o nosso homem entendia que um equipamento completo era uma linha e um anzol…..


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