A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA PEGA

PorPeixe Pelo Beicinho -outubro 19, 2022

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Nunca me cansarei de referir que a pesca jigging é algo que, sendo muito técnica, muito excitante e também super produtiva em termos de resultados a grandes peixes, exige todavia um controlo absoluto sobre o equipamento que utilizamos.

É muito importante que, por se tratar de uma modalidade de pesca em que não temos aviso prévio sobre o ataque do peixe, estejamos preparados para a acção.

E isso quer dizer exactamente ser capaz de reagir atempadamente a uma picada que é sempre única e decisiva. O predador dá uma pancada e ou conseguimos fixá-lo no anzol, ou já o perdemos para sempre. Serão raros os casos de peixes que atacam mais que uma vez, por isso, tudo aquilo que temos a fazer, é ali, e não há tempo para corrigir.

Por esse motivo, entendo que a cana, o carreto, o braço, terão sempre de ser um só bloco. É muito importante que a pancada do peixe seja suficiente para que o anzol penetre profundamente na carne e/ou osso. Só temos uma oportunidade e temos de a aproveitar.

Este é o sistema da Shimano, o X-Seat, o qual me tem dado um conforto muito grande, e retira grande parte da tensão a que somos obrigados, na mão, pulso e antebraço.

Uma boa pega é fundamental.

Parece-me ser imprescindível que a aderência entre a mão e o equipamento sejam perfeitas, porque nada pior que ter uma cana que nos escorrega da mão quando estamos a fazer um esforço acrescido para manter o peixe sob controlo. Já temos tudo aquilo que eles fazem para nos escapar, não necessitamos de mais preocupações. Toda a nossa atenção deve estar focada naquilo que é imprevisível e que vem sobretudo das manobras que os peixes fazem para nos escapar. Já temos a resistência das linhas, a possibilidade de desferragem, um peixe que rasga a pele da boca, não precisamos de ter ainda mais uma luta com a cana que nos escorrega das mãos.

A dada altura entendi por bem adquirir grip`s de raquetas de ténis, uma substância aderente, que está pensada para que se possa controlar o equipamento mesmo quando temos as mãos molhadas.

Resulta, mas ainda melhor é ter mesmo algo que foi desenhado para dar a curvatura certa aos nossos dedos. Assim sendo, mesmo com as mãos molhadas, já temos a possibilidade de exercer força sobre o sistema. Melhor ainda quando utilizamos luvas, acessório que não dispenso porquanto para além de me permitir obter aderência máxima, também me protege os dedos de inevitáveis cortes.

Os peixes não são meigos quando se trata de defender a sua vida.

Aqui para nós que ninguém nos ouve, digo-vos que numa das minhas canas de jigging Daiwa adquiridas por catálogo, e que por isso mesmo tinha um cabo demasiado fino para a minha mão, resolvi fazer um enchimento. Utilizei para isso uma esponja fina com o formato certo para aumentar o volume da zona de pega, finalizando com o dito grip de raqueta a apertar essa esponja.

Ficou perfeito. A minha mulher esperneou um pouco quando reparou que as almofadas de esponja de um dos seus soutiens tinham desaparecido, mas a preocupação dela era apenas a de entupirem a máquina de lavar roupa...

A fita de raquete tem a particularidade de, mesmo molhada, não deslizar na mão. Eu encontrei-lhe outra: a de esconder as esponjas de soutien na perfeição.

Aqui o carreto Daiwa Saltiga IC 300, com o qual tenho feito pescas incríveis. É neste momento o topo de gama da Daiwa e estou super satisfeito com ele.

Não devemos inibir-nos de recorrer a todos os acessórios que nos podem facilitar a vida e um deles, e já muito referenciado aqui nas páginas do blog, é o para-quedas, ou capa de superfície.

Quando está vento e aparentemente será impossível pescar com jigs ligeiros, este acessório trava-nos a marcha do barco e isso ajuda a pescar.

Devo a este para-quedas muitos dos bons peixes que tenho feito nos últimos anos.

Existem versões para embarcações cabinadas de maior volume, e eu disponho de um desses para-quedas, produzido pela Yamaha japonesa, que literalmente pára uma embarcação na água.

O meu tem um diâmetro de 3 metros.