GENTE QUE LHE DÁ MUITO A SÉRIO!

Alguns fabricantes deixam ao critério de quem irá utilizar as suas amostras a questão do armamento das mesmas.
Compreendo a dúvida: como é possível ajustar os assistes ou triplos mais indicados quando aquilo que está em causa é uma variedade de centenas de peixes possíveis?!!
Imaginem-se na pele de uma marca de jigs. E que vende para todo o mundo.
Será razoável colocar anzois destinados preferencialmente a peixes locais, na circunstância o Japão. Ou seria melhor ideia pensar que, dado parte da produção se destinar aos Estados Unidos, mais valeria pensar no tamanho e consistência de boca dos peixes americanos? Então e a Europa? Também por cá temos pargos e robalos, por exemplo.
Não é fácil fazer essa opção, pois se algum produtor local, por exemplo português, se der ao trabalho de fabricar jigs, irá estar devidamente enquadrado em trabalhar para peixes nacionais.
O mesmo critério será válido para alguém que o faça na Austrália.
Mas quando um produtor pretende ter representatividade a nível global, como a Little Jack, então a opção pode ser a de deixar ao gosto/ necessidade de cada um a função de armar os seus jigs de acordo com as expectativas de capturas que possa ter, no seu local de pesca.
Por isso, devemos ajustar os anzois em função daquilo que queremos fazer.


Pequeno atum sarrajão, a lançar-se sobre um jig da Little Jack, um modelo especialmente indicado para zonas com correntes fortes.


Passo-vos a peça, um Metal Adict:

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Com estes jigs já fiz alguns peixes bonitos em dias francamente difíceis. São super práticos para lançar à água em dias de mar revolto, com vento, com muita aguagem, porque descem muito bem. A GO Fishing tem versões de 30/ 40 / 60/ 80 gramas, e com isso uma larga faixa de possibilidades, e profundidades, fica coberta.
Na minha opinião, e que pelos vistos coincide com o autor das fotos, o Pedro Evangelista, é de adicionar um assiste de cauda, ou até um triplo, quando se trata de lançar aos robalos.
Conforme está, sujeitamo-nos a que metade dos ataques não se concretizem em capturas. O Pedro diz-me que sim, que sente toques muito fortes, mas que não resultam em nada. A razão prende-se com a ausência de anzois na cauda.
Um jig curto, pode perfeitamente dispensar esse acessório, porque o seu tamanho torna-o acessível a grande parte dos predadores que temos na costa. Mas se o formato é alongado, o mais normal é que passemos a falhar todas as oportunidades que surjam através de peixes que estão emboscados no fundo, levantam já um pouco tarde e ao perseguirem o jig estão atrasados e só conseguem chegar-lhe mordendo por trás.


Quando se trata de peixes do azul, não é raro que engulam o jig por completo. São nadadores muito eficazes.


A voracidade é muita e mais importante que isso, a velocidade de ponta que estes atingem dentro de água leva-os a ser rápidos …demais.
Estes peixes aparecem-nos na costa até aos 4 kgs, e são relativamente frequentes em águas mais limpas.
A animação a dar ao jig, quando os procuramos de forma mais específica, é rápida, com um efeito “long pitch”. Não há que poupar na animação porque eles conseguem sempre alcançar a peça metálica. É bem mais comum que se desinteressem por esta ser recolhida lento demais.


E há estes casos, em que a gulodice é muita, e em que a pobre cavala acaba por querer fazer o papel de peixe grande, e enfia o jig pelo único sitio onde ele pode passar.



Neste caso, é difícil conseguir restituir o peixe à água em boas condições, a desferragem dá sempre azo a feridas inconvenientes.
Mas pode-se e deve-se tentar.
Nós gostamos dos nossos peixes!



Vítor Ganchinho



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