A IMPORTÂNCIA DA PROTECÇÃO SOLAR NA PESCA

A pesca de Verão está aí, com tudo o que isso traz de bom e de…mau.
Estamos a chegar a uma época do ano em que os raios solares são mais perigosos que nunca e quem pesca passa forçosamente muitas horas debaixo de sol.
Descurar os meios de protecção que temos ao nosso dispor é aceitar jogar uma roleta russa com consequências sempre nefastas, que não imprevisíveis.
Pessoas que passam a sua vida dentro de um escritório, longe dos raios solares e por isso com menor tempo de adaptação, estarão naturalmente mais sujeitas a danos na sua pele.
O tema de hoje é precisamente a protecção que devemos à nossa pele, o mais sensível, maior e mais pesado órgão humano.

Este amigo inglês, cliente da GO Fishing, saiu para um destino exótico e uma das suas primeiras preocupações foi saber que tipo de doenças locais poderia ter de enfrentar. A seguir quis saber que intensidade de sol teria durante o período das suas férias. Vejam-no com um chapéu GO Fishing, com pala protectora do pescoço.

Todos nós reconhecemos a importância de um bom chapéu quando o sol está a pino. Os bonés com pala frontal não protegem a cabeça e pescoço e por isso não são indicados para um tipo de actividade tão exigente quanto a pesca.
Para uma actividade de ar livre que se prolonga por algumas horas, as abas largas, protecção de pescoço e uma camada de protector solar factor +50% são imprescindíveis.
Mais que isso, em dias de risco acrescido em termos de ultra violetas, a própria camisa deve também ela possuir um factor de reflexão +50%. Tapar a nossa pele do sol é obrigatório!
Existem diversos modelos no mercado, (a GO Fishing comercializa camisolas de manga comprida anti-UV da marca Shimano e também da “Adventure & Fishing”) e se algo é comum a todas elas é o seu elevado índice de protecção.
Também as luvas são indispensáveis, quer para manusear os peixes, os seus espinhos e arestas cortantes, quer para proteger da incidência de sol directo.

Pesca dura esta. Magnífico lírio capturado com um jig. Reparem na camisola protectora, da marca Adventure&Fishing. Infelizmente ele apenas aplicou protector solar nas pernas e veio a dizer-me que estava arrependido disso pois com o contacto sucessivo com as amuras do barco acabou por retirar essa protecção e sofrer queimaduras solares.

Ignorar os efeitos dos raios solares é não querer saber de algo que tem implicações directas na nossa saúde. Cuidado!
A pesca, os peixes, o divertimento, tudo isso está muito depois da saúde e este é um imperativo que todos devemos observar.
Continuamos a ver pessoas completamente descuidadas, as quais sofrem literalmente “na pele” danos irreparáveis, quantas vezes de melanomas, os perigosos cancros da pele.

Dois exemplos de cancro da pele. Não há glória em sofrer este tipo de incidentes, que podem em casos limites acabar com a vida de um pescador.

Nós de facto necessitamos de alguma exposição solar, a produção de vitamina D depende disso. Paralelamente, os raios solares ajudam a controlar algumas doenças crónicas da pele (como a psoríase).
Para além de tudo, para além de ser um factor que contribui para a nossa saúde, o sol causa em nós uma confortável sensação de bem-estar.
No entanto, o excesso de exposição à luz solar pode causar lesões sérias na pele.
Os danos incluem não apenas queimaduras solares dolorosas, mas também formação de rugas e outras mudanças associadas ao envelhecimento da pele (fotoenvelhecimento), ceratoses actínicas, cancro da pele e até mesmo reações alérgicas e agravamento de algumas doenças cutâneas já existentes.
Por isso devemos ser cuidadosos o suficiente para evitarmos estar expostos a horas em que o sol está a pino.

O barco 4 JOTAS, parqueado no Clube Naval Setubalense, de um amigo meu, o Paulo Martins.

Para aqueles que gostam de dados concretos, aí vão eles:

Ultravioletas

Os raios ultravioleta (UV), ainda que invisíveis ao olho humano, constituem o componente da luz solar que maior efeito produz sobre a pele. A luz UV é classificada em três tipos, dependendo do comprimento de onda:
  • Ultravioleta A (UVA)
  • Ultravioleta B (UVB)
  • Ultravioleta C (UVC)

Não há um nível seguro de luz UV, faz-nos sempre mal.
A luz UV (de todos os tipos) danifica o ácido desoxirribonucleico (DNA, o material genético do nosso corpo), e isso pode degenerar em cancro.
O envelhecimento precoce da pele e a formação de rugas são, também, efeitos prejudiciais causados pela luz UV.
As queimaduras solares também resultam da luz UV, principalmente dos raios UVB.
No hemisfério norte, a quantidade de raios UV que chega à superfície da Terra é cada vez maior. Já ouviram falar na camada protetora de ozono, a qual bloqueia a entrada da maior parte dos raios UV na superfície terrestre.
As reações químicas entre o ozono e os clorofluorcarbonos (conteúdo químico presente em refrigerantes e latas de spray) estão a esgotar esta camada protetora, este isolante.
A luz UV tem uma maior intensidade entre as 10:00 e as 16:00, no verão e por isso devemos evitar a todo o custo estar destapados durante este período, sob pena de sofrermos graves queimaduras.
Mesmo em países com pouca exposição solar, os cuidados são para manter. Recordo-me de ter ido pescar à Finlândia e de me terem avisado de que, não obstante o céu sempre tapado e a escassez de horas de luz solar, ainda assim deveria ter cuidado com as partes do corpo expostas. Ainda que não fossem muitas, conforme podem ver por esta foto que mostro abaixo.

Nem me falem em voltar a pescar na Finlândia!...

Proteção natural

Quando exposta aos raios UV regularmente, a nossa pele sofre alterações no sentido de se proteger contra danos. A epiderme (a camada superior da pele) engrossa, bloqueando, assim, a luz UV.
Os melanócitos (células da pele produtoras de pigmento) produzem uma maior quantidade de melanina, um pigmento acastanhado que escurece a pele, resultando no bronzeado.
O bronzeamento oferece alguma proteção natural contra futuras exposições à radiação UV, pois a melanina absorve a energia da luz UV e ajuda a evitar que a luz provoque lesões nas células da pele e penetre mais profundamente nos tecidos.
Fora isso, o bronzeamento não tem benefícios para a saúde. O bronzeamento pelo simples motivo de ficar bronzeado é prejudicial à saúde, é apenas uma vaidade de ordem estética.
A sensibilidade à luz solar varia de acordo com a quantidade de melanina existente na pele. Pessoas de pele mais escura têm mais melanina e, portanto, possuem uma maior proteção contra os efeitos nocivos do sol.
Pessoas de pele escura são, todavia, vulneráveis aos danos do sol e aos efeitos em longo prazo devido à exposição à luz UV.
A quantidade de melanina presente na pele de uma pessoa depende de fatores hereditários, bem como da quantidade de exposição solar recente.
Algumas pessoas conseguem produzir uma grande quantidade de melanina em resposta aos raios UV, enquanto outras produzem muito pouca.
Pessoas com cabelos loiros ou ruivos são particularmente suscetíveis aos efeitos da radiação UV em curto e longo prazo, pois não conseguem produzir melanina suficiente.
As pessoas de pele clara sofrem queimaduras solares mais rapidamente do que as pessoas de pele mais escura.
Quanto mais sensível ao sol for a sua pele, mais importante é protegê-la dos efeitos prejudiciais do sol. Normalmente, distinguem-se seis tipos de pele.
O tipo de pele é uma caracterização da sensibilidade da pele à radiação ultravioleta (UV).
  1. Pele que queima facilmente e que nunca, ou quase nunca, fica bronzeada.
  2. Pele que queima facilmente e bronzeia lentamente.
  3. Pele que não queima facilmente e que fica bronzeada.
  4. Pele que dificilmente queima e que bronzeia facilmente (tipo de pele mediterrânica).
  5. Pele naturalmente mais escura (tipos de pele asiática), que nunca queima.
  6. Pele naturalmente escura (tipos de pele negra), que nunca queima.


Espero que este texto tenha sido útil, pelo menos para que se saiba algo sobre um tema que está agora perfeitamente actual.

Boas pescas, …em segurança.


Vítor Ganchinho


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