OSAKA NOVIDADES - CAP XVII - AS CANAS,... SEMPRE AS CANAS...

As canas serão sempre um dos mais importantes componentes do nosso equipamento de pesca.

Uma boa cana dá-nos peixe que outras não dão, e por isso mesmo acabam por se pagar a si próprias.

Bem sei que para milhares de pescadores no nosso país o primeiro detalhe a observar na aquisição de uma cana é a etiqueta do preço.

A seguir, e se o preço for tão baixo quanto o orçamento disponível, avança-se para o inevitável “dobrar da ponteira”….

Se dobrar pouco, …há algumas possibilidades de compra.

Neste expositor Daiwa estão muitos milhares de euros...

O Japão é a Meca da pesca.

Indiscutivelmente quando estamos no país do sol nascente estamos no sítio certo para ver e falar de pesca.

Para uma população que excede os 130 milhões de pessoas, as ilhas japonesas oferecem uma diversidade e qualidade de peixe que são altamente motivadoras para quem começa a pescar ao colo do avô, e continua vida fora a pescar com qualidade, com bons equipamentos, e a saber muito bem o que faz.

A exigência é de tal forma alta que aos fabricantes não resta mais que tentar acompanhar a procura de equipamentos de alta qualidade.

Muitos deles, por razões que se prendem com o seu preço unitário, não chegarão nunca a Portugal.

Outros mercados anseiam por esta tecnologia, e podem pagá-la. O mercado americano tem normalmente mais expressão que o europeu, e por isso a aposta é feita do outro lado do Atlântico. Não estranha que as embalagens que recebemos por cá tenham muitas vezes indicações de comprimentos e peso que não são as nossas.

As fábricas vão atrás de quem pode e quer pagar mais. É precisamente a procura e o alto poder de compra que impulsionam a pesquisa e desenvolvimento de mais e melhores materiais.

Conjunto de cana e carreto eléctrico Daiwa de boa qualidade, ligeiro, para pesca aos nossos peixes de fundos até aos 120 metros.

A aposta que fazemos em material de qualidade é tão irrisória que impede qualquer distribuidor a arriscar adquirir peças e sujeitar-se a ficar com elas “ad-eternum” em stock.

As soluções técnicas existem, mas têm um custo, e esse custo não se enquadra no orçamento da maioria dos pescadores nacionais.

Em boa verdade, muito pouca coisa existe que possa encaixar-se num orçamento de 20 a 30 euros anuais… aquilo que se aceita pagar por um conjunto de carreto e cana que não exceda os 20 euros, uma bobine de linha de nylon, alguns anzóis e duas chumbadas.

Uma boa cana custa hoje em dia nunca menos de 500 euros, e se algum lamento temos a considerar é o facto de o material de pesca pagar para o Estado 23% de IVA, e mais os direitos aduaneiros de entrada no país. Isso a juntar a custos de transporte, …não fica em menos de 40%.

Daí os preços de importação serem elevados.

Vejam abaixo a etiqueta de uma cana de 3.01 mts, 95 gramas, produzida para uma pesca especifica: a Kohga, mas para utilização de pesos em tungsténio.

Os materiais bons existem, mas os milagres dos preços esses não, as pechinchas são cada vez mais raras.

Este porta-canas é algo do outro mundo…

Vejam o filme:

Clique na imagem para visualizar e na rodinha das definições para melhorar a qualidade.

E é vê-los a produzir cada vez mais e melhor…. aqui um dos expositores da Shimano.

Não se pode partir o mealheiro todos os dias, mas pode-se esperar e, ao invés de adquirir uma dezena de canas “ruins que nem cobras”, …comprar apenas uma, mas boa.

Repito: na minha opinião, uma boa cana paga-se a si própria, em…peixe.

Vítor Ganchinho

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