Há pessoas que vão para a pesca com roupas e calçado que não lembrariam nem ao diabo.
Tenho um amigo que um dia se apresentou à entrada do barco com camisa branca abotoada nos punhos, calças de fazenda preta com vinco e sapatos de sola de cabedal.
Como se fosse pegar às 9.00h o seu trabalho de escritório. Fiquei a olhar para o Zé Carlos como se fosse um alien e a tentar imaginar como poderia ele sentir-se confortável naqueles preparos.
Outros optam por aparecer com vestimentas que só muito vagamente os distinguem de sem abrigo desfavorecidos pela sorte, tal a indigência dos trajes.
Roupas rasgadas, sujas de tinta, pijamas velhos metidos dentro de botas de borracha, …enfim.
Nestas coisas de pesca, nem muito ao mar nem muito à terra: se as camisas de quadrados já tiveram o seu tempo, haverá certamente boas razões para que hoje em dia as roupas sejam cómodas, confortáveis, e se possível, concebidas para a função.
Hoje vou mostrar-vos alguns exemplos de equipamentos de pesca japoneses.
Ter bolsos onde espalhar alguns acessórios ajuda.
Também ajuda que as mangas não sejam justas, para que possamos movimentar os braços, os ombros, já que a pesca é uma actividade fisica exigente e movimentada.
Porque a Daiwa sabe que quem pesca necessita de vestuário adaptado ao seu corpo, produziu vários tamanhos de cada modelo, M-L-XL-2xXL e até 3xXL. Um deles será o mais indicado para cada pescador.
Há um pouco de tudo: chapéus, calções, camisolas interiores, casacos, impermeáveis…
No fim, o pescador será capaz de encontrar aquilo que melhor se adapta ao seu estilo de pesca.
Marcas há que preveem a possibilidade do pescador ter de socorrer-se de uma prancha de bodyboard para atingir um determinado pesqueiro e por isso propõem fatos isotérmicos.
O que não faltam são ideias...
Países com níveis salariais mais elevados são mais capazes de chegar a produtos de pesca de primeira linha.
Quando a totalidade do esforço financeiro mensal vai no sentido de pagar a renda da casa, a prestação do carro, a alimentação, tudo se torna mais difícil, e as possibilidades de chegar a alguns tipos de equipamentos de pesca são escassas.
Por mais vontade que se tenha, esbarra-se numa realidade que não deixa espaço a muita imaginação.
Mas se não soubermos que existe, nunca sairemos do tal “fato” de pedinte, aquilo que mais se vê por aí.
Que fique pelo menos a ideia de que as roupas de pesca devem ser adaptadas à função.
Vítor Ganchinho
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