A ÉPOCA DE INVERNO ESTÁ AÍ E ELES... ESTÃO A CHEGAR

O mar mexeu, tivemos uns dias de instabilidade e isso bastou para limpar as pedras, para mostrar alimento enterrado, para deixar a descoberto muita comida que estava escondida, na paz do Senhor.
Os peixes aproveitam os últimos dias de águas quentes, na ordem dos 18ºc, e chegam-se à costa para comer.
A palavra de ordem é comer de tudo e muito, as águas frias irão chegar e vão exigir muita energia acumulada, muita gordura.
Este é um tempo santo para quem não se importa de se levantar cedo da cama, para quem não se importa de enfrentar os elementos.
Sendo por definição uma época de mar agitado e vento, este período é também um dos melhores do ano para quem pesca.

Reparem na acção da minha cana Shimano.
O carreto é um Daiwa Saltiga 300 IC, uma peça de relojoaria, equipado com um PE 1.2 Saltiga e um baixo de linha fluorocarbono 0.33mm Varivas.

Os peixes estão aí, nos baixios, porventura demasiado altos já que a maior parte das pessoas nesta altura do ano já está a pescar fundo, na ordem dos 80/ 100 / 150metros.
É cedo para isso, o peixe está muito mais acima, em pesqueiros por vezes acima dos...20 metros.
O facto de as águas ainda não terem arrefecido é um convite para que subam a cotas bem mais fáceis para nós.
Este é um tempo para quem gosta de pescar com jigs ligeiros, e os 20 a 30 gramas são mais que suficientes para fazer peixes bonitos.
Um conjunto de pesca para jigging ligeiro é nesta altura do ano um bem inestimável.

Estou desconfiado que os pargos das Canárias irão entrar este ano mais cedo. Basta que as águas arrefeçam um pouco e cheguem aos 14ºC e vamos tê-los aí em força.

Vejam o vídeo:

Clique na imagem para visualizar e na rodinha das definições para melhorar a qualidade.

Muitas espécies estarão agora a começar a desenvolver as gónadas, a preparar a desova para dezembro, janeiro.
Os sargos, os robalos, as douradas, estarão entre esses.
A redução do tempo de luz diurno, o arrefecimento das águas, a saída de “parasitas” das posturas como as cavalas, são factores que irão despoletar a corrida aos locais de reprodução.
Pena que esses momentos de fragilidade sejam tão explorados por quem pesca. Teríamos todos a ganhar se fosse criado um defeso de três meses para algumas espécies, deixando os reprodutores a salvo neste momento de tão grande debilidade fisiológica.
Toda a gente se queixa de falta de douradas, mas todos afiam os anzóis para o período de desova....e isso não é compatível.
Para termos mais douradas, e maiores, teríamos de as deixar reproduzir.

O jig é um Shimano Flat Light, o qual equipei com um triplo e um assiste duplo à cabeça.
Clique AQUI para saber mais sobre os jigs Shimano Flat Light

A percentagem de toques aumenta quando aplicamos uma lulazinha de silicone no assiste. A razão é simples: em águas mais tapadas, sem muita luz, ter um ponto de referência ajuda o predador a seguir visualmente o alvo.
As saias de silicone fazem isso, dão um ponto visível no escuro do fundo.
O material é este e custa 3.60 euros:


Junta a isto o facto de o predador entender que aquilo que se está a passar à sua frente é uma perseguição de um pequeno peixe a uma minúscula lula.
Nesses casos, a natureza é implacável: quem se distrai a caçar, é ...caçado.


Vítor Ganchinho


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