O prazer de sairmos com os filhos à pesca

Se é verdade que todos temos o nosso grupo de amigos com quem gostamos de sair à pesca, aqueles com quem partilhamos habitualmente os nossos momentos de lazer, também é verdade que, para quem tem filhos, pegar no barco e levá-los a pescar é felicidade pura.
Poder passar informação, ensinar a fazer aquilo que nos levou anos e anos a aprender, e ver brilhar os olhos deles ao descobrirem que conseguem efectivamente pescar, é algo sem preço.
Tenho a rara sorte de ter duas filhas pescadoras. Desde pequenas, 4 a 5 anos de idade, saíram comigo a pescar e fazem-no bem, com intuição, a saber executar bem, com boa técnica.
Uns dias com melhores e outros piores resultados, mas sobretudo a saber como não fazer. Não há que dar a informação por completo, devemos deixar uma parte livre ao improviso, à experimentação.
As crianças têm um sexto sentido para entender quais os passos que devem dar para conseguir enganar os peixes. Fazem-no com paixão e entusiasmo, e isso são ingredientes indispensáveis para ter sucesso, de resto como em tudo na vida.


A pesca com artificiais é algo que a Mafalda faz desde sempre, com jigs, com amostras, com vinis, e não lhe faz confusão nenhuma porque desde cedo se habituou a conseguir resultados com este tipo de iscos. Também a captura e solta é algo que deve ser estimulado nestas idades, como um procedimento normal. A ideia é ir à pesca, não é trazer todo o peixe para casa.


Há que encontrar um balanço perfeito entre o grau de dificuldade dos peixes e aquilo que os pequenos pescadores conseguem fazer. Nada mais frustrante que criar expectativas e não ser capaz de pescar um único peixe. A atitude calma e de apoio incondicional do adulto é de extrema importância nesta fase. Na foto, um amigo belga, cliente GO Fishing Portugal, que trouxe o filho para que ele desse os primeiros passos na divertida arte da pesca.


A Mafalda, com mais ganas de pescar que corpo. O colete não tem como apertar a uma cintura demasiado estreita mas a verdade é que pesca e bem, e já ensina os amigos. Quando se nasce pescadora, …fica-se pescadora toda a vida.


Qual o pai que não fica babado quando a sua filha de 7 anos faz um robalo para o jantar da família? Uma filha que lança um vinil, recolhe linha a dar a animação certa, ferra, trabalha o peixe e mete o peixe a bordo sozinha, não tem valor?! Para um pai até podia ser uma cavala…




Aproveitar os dias de mar calmo para levar os filhos ao mar é uma boa ideia. Nada pior que proporcionar-lhes uma saída de pesca num dia de tormenta, com vento e ondulação.
O trauma fica bem vincado e perde-se uma pessoa para o mar. A primeira experiência é fundamental.
Na GO Fishing Portugal temos um cuidado extremo com a escolha dos dias, e com a simplicidade dos materiais. Estes, devem ser facilmente entendíveis, e o seu manuseamento da maior simplicidade. Também é importante escolher locais de pesca com muito peixe, mas de captura fácil. De que adianta levar crianças à pesca para um pesqueiro de douradas, se elas nunca conseguirão bons resultados? Mais vale apontar para um alvo mais fácil e deixá-las crescer aos poucos, em termos de dificuldade. As minhas filhas estão aptas a pescar robalos ao spinning, mas começaram pelas cavalas, pelos pampos, ….carapaus…


Em dias de mar mais agitado, é tempo para o surf, porque é muito importante estar perto do mar.


A minha mais nova. Mesmo que o mar esteja …de “senhoras” e o surf seja fraco, o importante é mesmo disfrutar, estar em paz consigo próprio e criar hábitos desportivos. E sempre que possível, longe dos tablets, dos telemóveis…


Vem aí gente para a pesca!



Vítor Ganchinho



4 Comentários

  1. Boa tarde Vítor,

    Que grande satisfação...parea um pai, poucos serão os prazeres maiores, do que poder passar um legado a um filho.

    No caso da pesca, só quem tem esse bichinho, poderá entender esse prazer.

    Espero nos próximos meses, conseguir faze lo com o meu filho mais novo.
    Esse traquinas com os seus 5 anos, diz que não gosta do cheiro dos iscos, deixa o agoniado, tenho esperança que venha a ser um adepto dos artificias!

    Grande abraço Vítor,
    A. Duarte

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    1. O rapaz já está na minha onda, pesca sobretudo com artificiais!! Ainda hoje fui lançar uns jigs, o mar estava espelhado, sem vento, água bem limpa. Muito bom.
      Deu uns pargos e robalos.

      Comece com ele logo com jigs e vai ver que daqui a uns anos nem quer ouvir falar de casulos e gansos....as minhas filhas pescam com vinis ou jigs com a mesma convicção com que a rapaziada mais velha pesca com sardinha. E pescam, ...claro.


      Abraço
      Vitor

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  2. Olá Vitor,

    Obrigado pelo artigo, ainda espero pela oportunidade de levar a minha pequena de 8 anos a fazer uma pescaria embarcada. Desconfio que também não será grande fã de cheiro da sardinha como isco (se forem assadas já gosta!), e que ache mais piada aos artificiais.

    Abraço,
    Ricardo

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    1. Olá Ricardo Quando começam de pequeninos a pescar com artificiais, para eles é aquilo e mais nada. As minhas filhas fizeram isso e hoje até acham estranho pescar com iscas. Também o fazem mas é raro. Na verdade, passam a ter acesso a peixes que de outra forma lhes seriam difíceis. As minhas filhas pescam robalos e esse é um peixe que está praticamente vedado a quem pesca ao fundo com navalha, ganso, etc.

      No final deste mês, principio de Julho talvez já valha a pena levá-la para irmos pescar. Nessa altura diga algo, e marcamos. Adoro levar crianças, porque elas têm um entusiasmo pela pesca que é do mais puro. É a pesca pela pesca! E quando vêm para casa trazem um brilho nos olhos diferente...as mães notam.

      Abraço
      Vitor

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