A maior parte das pessoas leva dias e dias à espera do fim-de-semana para poder fazer aquilo que mais gosta: ir lançar linhas.
Admito que seja uma decepção enorme ver chegar o sábado e o domingo e ter uma ventania que inviabiliza a saída, e força a uma espera de mais 8 dias.
Acontece e sendo leis da natureza pouco podemos fazer. Mas quando as condições são boas, ou pelo menos suficientes, eis que eles aí vão, carregados de armas e bagagem, e uma tonelada de esperança.
Mesmo com pouco peixe (haverá algum pescador que admita haver alguma vez ….muito peixe…?) disponível, ainda assim de quando em quando aparece um bom exemplar. E isso deveria ser motivo de alegria e felicidade para quem tem a sorte de o pescar.
Com o advento dos telemóveis, cada vez mais as pessoas registam as suas capturas em fotos para a posteridade. E se é verdade que já aqui falámos sobre tipo de enquadramentos, combinação de cores, exposição solar, etc, ficou a faltar dizer algo que, por ser tão evidente, na altura nem me pareceu importante: devemos deixar transparecer cá para for a alegria que nos vai no peito. Isso transparece para quem irá ver essa foto. E é aí que a porca torce o rabo, que é como quem diz…nem todos os “modelos” se dão ao trabalho de fazer cara alegre.
E acabam por ser os peixes, seguramente muito menos habituados a posar em frente aos aparelhos fotográficos, quem fica melhor nas “chapas”.
Se acham que a um êxito, a um bom peixe, deveria corresponder uma foto com um sorriso largo e bem disposto, pois enganam-se redondamente. O ar austero que fazem, transporta-os para uma pose napoleónica, de chefe de estado, que na circunstância nem seria a mais indicada.
Por vezes a pessoa está muito bem disposta, mas quando chega o momento da foto, tudo muda. E isso tem a ver com fotogenia, com estar à vontade em frente a uma lente.
Vou dar-vos alguns exemplos de rapaziada amiga que, sabendo eu que estão felizes por dentro, não o demonstram minimamente por fora.
Senão vejamos estes exemplos:
Isto é considerado um sorriso aberto, para ele. Uma pobre bica, que se lançou a um jig de 30 gr da All Blue. |
Ora bolas: o robalo é curto, mas merece sempre uma foto de cara alegre... |
E até este pargo das Canárias, feito em Sines, merece melhor cara!... |
Fiz esta foto há uns anos e acho que aqui consegui captar perfeitamente a alegria que ia dentro da alma do Raúl Gil. Um pequeno lírio, pescado com um vinil sardinha da Savage. |
Em caso de dúvida, aplicamos-lhe uma máscara e está o assunto do sorriso resolvido. |
Tudo me parece melhor que mostrar o aparelho dos dentes... |
Este peixe mostra os dentes, mas não por se estar a rir desbragadamente. |
Quando a dúvida é extrema, necessitamos de medidas extremas. Tapa tudo! |
Vítor Ganchinho
Bom dia Vitor,
ResponderEliminarEsse lindíssimo pargo das Canárias merecia efetivamente um melhor enquadramento!
Grande abraço,
A. Duarte
Boa tarde António Isto é só um exemplo das caras que me fazem quando eu quero fazer umas fotos para a posteridade.
EliminarHaja alegria. Tenho uma coleção de rapaziada com caras sisudas que nem imagina. O pessoal saca os peixes e está bem alegre. Quando é para a pose para o álbum de memórias, faz uma cara de enterro, .....
Cheguei agora do mar. Deu pargos e robalos, com jigs de 20 grs. O peixe está muito baixo...nem vale a pena ir aos fundões, que estão quase desertos.
Domingo vou sair de novo.
Abraço!
Vitor